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Reguladores da UE autorizam injeção bianual contra o VIH, considerada um avanço médico

• Jul 25, 2025, 10:09 AM
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Os reguladores europeus aprovaram a administração de uma injeção duas vezes por ano para prevenir o VIH, medida que foi saudada como um fator de mudança no curso da epidemia.

A injeção do fabricante de medicamentos Gilead foi considerada um dos maiores avanços médicos de 2024, oferecendo uma alternativa aos comprimidos diários. O medicamento, chamado lenacapavir, foi 100 por cento eficaz na prevenção do vírus em estudos clínicos.

Trata-se de uma forma de profilaxia pré-exposição (PrEP), que atua impedindo que o vírus se replique e se propague no organismo. Reduz o risco de contrair o VIH tanto em adultos como em adolescentes.

A Gilead anunciou que o comité consultivo da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) emitiu, na sexta-feira, um parecer positivo sobre o medicamento, o que abre caminho para que a Comissão Europeia o aprove nos próximos meses.

"Este marco reflete o nosso compromisso de reimaginar a prevenção do VIH na Europa e em todo o mundo", afirmou Dietmar Berger, diretor médico da Gilead Sciences, num comunicado.

"O lenacapavir para PrEP tem o potencial de se tornar uma ferramenta crítica para a saúde pública, ajudando a expandir as opções de prevenção para as pessoas que enfrentam maiores barreiras de acesso aos cuidados de saúde".

Embora tenham sido registados progressos na luta contra o VIH, os casos têm vindo a aumentar. Em 2023, foram registados mais de 24 700 novos diagnósticos de VIH na União Europeia, Islândia, Liechtenstein e Noruega, o que representa um aumento de 11,8% em relação a 2022.

No mês passado, a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA também aprovou o novo medicamento. Na UE, a Gilead espera vendê-lo sob a denominação Yeptu.

A Gilead concordou em vender versões genéricas do medicamento em 120 países com baixos rendimentos e elevadas taxas de VIH. No entanto, não está claro até que ponto o medicamento estará disponível após os Estados Unidos da América, que tradicionalmente têm sido um dos principais doadores mundiais no domínio da saúde, terem cortado o financiamento no início deste ano.

A EMA e a Comissão Europeia, o órgão executivo da UE, não responderam de imediato aos pedidos de comentário.