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Alemanha: Bosch vai cortar 13 mil empregos na divisão de peças automóveis

• Sep 26, 2025, 11:59 AM
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Bosch vai cortar cerca de 13 mil empregos adicionais na sua unidade de peças automóveis até 2030, representando cerca de 3% da sua força de trabalho global.

Os cortes, que se somam a milhares de perdas de emprego na Bosch nos últimos anos, afetarão principalmente postos de trabalho na Alemanha.

A sede da empresa na região de Estugarda será a mais afetada, enquanto locais em áreas como Feuerbach e Schwieberdingen verão milhares de cortes de emprego.

A gigante da engenharia procura recuperar perdas de 2,5 mil milhões de euros “o mais rapidamente possível”, num contexto em que a indústria automóvel europeia continua em baixo.

A empresa afirmou que pretende iniciar imediatamente discussões com os funcionários afetados.

Além de reduzir a sua força de trabalho, a Bosch disse que planeia diminuir os investimentos em instalações de fabrico em resposta à desaceleração da procura.

Indústria automóvel continua na luta

Os fabricantes de automóveis estão a lutar com uma fraca procura, custos elevados de mão-de-obra e energia, e ainda contra a concorrência de modelos chineses mais baratos, bem como tarifas aumentadas sobre as exportações para os EUA.

Atualmente, os direitos aduaneiros sobre automóveis e peças são cobrados a uma taxa de 15%, abaixo da taxa de 27,5 %, anteriormente ameaçada.

À medida que a pressão dos EUA reduz as margens, a transição para a mobilidade elétrica também complica as coisas para os fabricantes de automóveis, já que a incerteza paira sobre as metas da UE para reduzir as emissões de carbono.

Vários governos europeus também reduziram os subsídios para veículos elétricos para consumidores, afetando a procura.

A Bosch é um dos vários produtores que procuram cortar custos face a estas adversidades. Empresas europeias, incluindo a Volkswagen e a Volvo, anunciaram cortes de empregos este ano, assim como empresas não europeias, como a Nissan e a Stellantis.

O anúncio da Bosch é um golpe para o chanceler alemão Friedrich Merz, que procura atrair investimento e revitalizar o setor industrial do país com promessas de maior despesa pública.

A Alemanha aprovou este ano uma emenda constitucional à sua regra do "travão da dívida", significando que os gastos com defesa acima de 1% do PIB não estarão sujeitos a limites de endividamento.

O governo também criou um fundo extraorçamental de 500 mil milhões de euros para gastos adicionais em infraestruturas, destinado a proporcionar um impulso económico à Alemanha.

O PIB alemão deverá crescer 0,2% este ano após dois anos de contração, embora os peritos alertem que a economia ainda está em terreno instável.