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Gás natural liquefeito: Hungria assina acordo com a Engie para diversificar o seu abastecimento

• Oct 4, 2025, 7:14 AM
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A Hungria assinou um contrato de fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) por dez anos com o grupo francês Engie, anunciou na quinta-feira o ministro húngaro dos Negócios Estrangeiros e do Comércio, Péter Szijjarto.

Péter Szijjarto congratulou-se com "um passo importante para a segurança energética da Hungria", mas sublinhou que a Hungria não tenciona deixar de importar gás da Rússia.

A Engie - que se abastece de GNL através de contratos de longo prazo com vários países, incluindo os EUA e a Argélia - afirma também que "este acordo ajudará a Hungria e a região a diversificar as suas fontes de abastecimento de gás".

Nos termos do acordo, a Engie fornecerá 400 milhões de metros cúbicos de GNL por ano, entre 2028 e 2038, à empresa pública húngara MVM CEEnergy, perfazendo um total de quatro mil milhões de metros cúbicos. Este volume cobrirá cerca de 5% da procura interna húngara.

Este contrato segue-se a outro acordo assinado no mês passado pela Hungria com a empresa britânica Shell para a compra de 200 milhões de metros cúbicos de GLN por ano a partir de janeiro de 2026, ou seja, cerca de 2,5% da sua procura.

O acordo não tem por objetivo "substituir as relações existentes e viáveis"

O anúncio surge numa altura em que a Comissão Europeia apresentou um plano para acabar com as importações de gás russo para a UE até ao final de 2027, em retaliação pela invasão russa da Ucrânia.

Embora o plano tenha o apoio da maioria dos membros da UE, a Hungria e a Eslováquia continuam a opor-se firmemente. Segundo o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, abandonar a energia russa seria um desastre para a economia do seu país.

Péter Szijjarto sublinha que o novo contrato com a Engie não representa, de forma alguma, uma reviravolta do Governo nesta matéria.

"Para nós, a diversificação significa ser capaz de obter energia do maior número possível de fornecedores e rotas e não substituir as relações existentes e viáveis", disse ele, de acordo com o Hungary Today.

Péter Szijjártó discursa na 80.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas na quarta-feira, 24 de setembro de 2025, na sede da ONU em Nova Iorque.
Péter Szijjártó discursa na 80.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas na quarta-feira, 24 de setembro de 2025, na sede da ONU em Nova Iorque. AP Photo

Ao mesmo tempo, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continua a pressionar a Hungria para que ponha termo às suas importações de hidrocarbonetos russos, instando a comunidade internacional a cortar todos os laços energéticos com Moscovo.

As vendas de gás e petróleo são uma das principais fontes de financiamento da máquina de guerra russa na Ucrânia. Em 2024, Moscovo ainda forneceria 19% do gás da UE, quase metade do qual sob a forma de GNL.