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Primeiro transplante de fígado de porco para humano mantém paciente vivo durante 171 dias

• Oct 9, 2025, 5:29 AM
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Num marco para a ciência médica, investigadores anunciaram que cirurgiões implantaram um fígado de porco geneticamente modificado num paciente humano, marcando o primeiro caso reportado de xenotransplante de fígado auxiliar.

Como documentado no Journal of Hepatology, o paciente sobreviveu durante 171 dias, demonstrando que um fígado de porco pode desempenhar funções essenciais no corpo humano, mas também evidenciando os sérios desafios que persistem.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, milhares de pessoas morrem todos os anos à espera de um transplante de fígado. Só na China, centenas de milhares sofrem de insuficiência hepática, mas apenas cerca de 6.000 recebem um transplante.

Cientistas esperam que esta prática possa, eventualmente, ajudar a colmatar a lacuna e fornecer órgãos que salvem vidas aos necessitados.

'Um passo crucial', embora desafios persistam

O paciente, um homem de 71 anos com doença hepática causada por hepatite B e cancro do fígado, não podia ser submetido a cirurgia convencional ou receber um fígado humano.

Os médicos implantaram um fígado de um porco miniatura Diannan especialmente modificado. O orgão tinha dez alterações genéticas projetadas para reduzir a rejeição pelo sistema imunológico humano e tornar a coagulação do sangue mais segura.

Durante o primeiro mês, o transplante funcionou surpreendentemente bem. O fígado produziu bile e proteínas importantes para a coagulação do sangue, sem sinais de rejeição imediata.

No entanto, surgiram complicações no 38.º dia, quando o paciente desenvolveu uma condição grave chamada microangiopatia trombótica associada ao xenotransplante (xTMA), ligada a reações imunológicas e danos nos vasos sanguíneos.

Os tratamentos ajudaram a controlar a condição, mas o paciente sofreu hemorragias internas repetidas e morreu no 171.º dia.

“Este caso prova que um fígado de porco geneticamente modificado pode funcionar num humano por um período prolongado,” explicou o investigador principal Beicheng Sun.

“É um passo crucial, demonstrando tanto o potencial como os obstáculos restantes, particularmente no que diz respeito à disfunção da coagulação e complicações imunológicas, que devem ser superados.”