Papa Francisco pede aos jornalistas que promovam a verdade e que não percam tempo nas redes sociais
Numa cerimónia para marcar o Jubileu do Mundo da Comunicação, o Papa Francisco pediu coragem aos jornalistas e profissionais da comunicação, exortando para dizerem a verdade sendo, ao mesmo tempo, “os mensageiros da esperança”.
O Vaticano recebeu cerca de 9000 jornalistas de todo o mundo para participarem neste Jubileu que acontece durante o fim-de-semana.
Entre os vários profissionais da comunicação estavam convidados como a Prémio Nobel da Paz e jornalista Maria Ressa e o escritor Colum McCann que discursaram no evento.
No seu discurso, Ressa pediu a Mark Zuckerberg que não desistisse do programa de verificação de factos do Meta.
Descrevendo o jornalismo como uma missão e vocação, o Papa apelou aos convidados para que as suas “histórias contem esperança”, disse o Francisco, no sábado.
Os jornalistas têm uma responsabilidade única que vai além do mero relato dos factos, disse o chefe da Igreja Católica. A forma como a informação é dada é muito importante e faz toda a diferença entre a comunicação que “constrói pontes e abre portas” e uma comunicação que aumenta “divisões, polarizações e simplificações excessivas da realidade”, disse, concluindo que a “boa comunicação requer estudo, reflexão e capacidade de ver e ouvir”.
Na sua mensagem para o 59.º Dia Mundial das Comunicações Sociais, o Papa Francisco abordou ainda as preocupações com as comunicações modernas, fazendo uma alusão clara às redes sociais.
Francisco apelou contra a perda de tempo nas redes sociais
Francisco apelou contra o facto de se passar muito tempo nas redes sociais, o que, causa “apodrecimento do cérebro”, sublinhou.
“A dependência das redes sociais apodrece as mentes”, referiu e voltou a defender a literacia mediática e o pensamento crítico para combater o consumo superficial de informação.
O Papa apelou ainda aos esforços de colaboração dos profissionais dos média, dos educadores e dos inovadores para garantir que a comunicação sirva o bem comum e não o individual.
Francisco recorda que “mais de 120 profissionais dos meios de comunicação social morreram em 2024 na cobertura de conflitos”, e terminou a sua mensagem apelando a que se conte a esperança e histórias que alimentem a vida.
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