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Gal Gadot e Butler ausentes do Festival de Cinema de Veneza visado pelos protestos pró-Palestina

• Aug 26, 2025, 1:55 PM
5 min de lecture
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Entre luzes, tapetes vermelhos e flashes de fotógrafos, o Festival de Cinema de Veneza está a torna-se também palco de um protesto internacional. A 82ª edição do evento, que decorre de 27 de agosto a 6 de setembro, não será apenas uma passerelle de estrelas e estreias mundiais: a mobilização em prol da Palestina está a pairar sobre o festival, com um protesto anunciado e exigências precisas dirigidas à Bienal de Veneza.

O coletivo Venice4Palestine exigiu a exclusão do festival de Gal Gadot e Gerard Butler, acusados de apoiar a política israelita, e a abertura de espaços a realizadores e artistas palestinianos. O pedido foi acompanhado de uma carta-apelo assinada por mais de 1500 actores, realizadores e ativistas.

Pedido de exclusão e a ausência de Gadot e Butler

O documento pede à Bienal de Veneza que quebre o seu silêncio sobre aquilo a que chama "o genocídio em curso em Gaza".

Entre os signatários estão Ken Loach, Céline Sciamma, Marco Bellocchio, Valeria Golino, os irmãos Servillo, Roger Waters, para além de muitos protagonistas do cinema italiano e internacional.

Em nota, a organização do evento reiterou a sua "abertura ao diálogo", lembrando que já acolheu obras relacionadas com o conflito, mas sem aceitar o pedido de exclusão de atores.

Gal Gadot e Gerard Butler não estarão presentes para a 82ª edição do Festival de Cinema de Veneza, mas a sua ausência não decorre diretamente do pedido do coletivo Venice4Palestine (V4P), que solicitou a revogação dos convites aos dois actores, ambos no elenco de A Mão de Dante, de Julian Schnabel.

Os peticionários exigiam também que o festival evitasse a participação de qualquer artista que apoiasse publicamente as ações militares israelitas, atribuindo em vez disso a passadeira vermelha a uma delegação palestiniana que transportasse a sua bandeira.

De qualquer forma, Gadot não tinha previsto participar, talvez para evitar polémicas, enquanto Butler não confirmou a sua presença: apenas o realizador falará sobre o filme, fora de competição, a 3 de setembro.

Gerard Butler com Nico Parker no palco do Caesars Palace Las Vegas / 2 de abril de 2025
Gerard Butler com Nico Parker no palco do Caesars Palace Las Vegas / 2 de abril de 2025 Chris Pizzello/Invision

Protesto a 30 de agosto

Da mobilização nasce o protesto de sábado, 30 de agosto, Stop the Genocide - Free Palestine, que atravessará o festival. A manifestação partirá de Santa Maria Elisabetta às 17 horas, percorrendo as ruas até ao Palazzo del Cinema.

São esperadas centenas de pessoas, entre associações, coletividades e operadores. As autoridades criaram um impressionante serviço de ordem, mais alargado do que nos anos anteriores, embora sem estabelecer zonas vermelhas.

Os organizadores falam de uma "posição não negociável", exigindo que o Festival se torne um espaço de denúncia política e artística.

Uma exposição com peso político

A Bienal de Veneza não é nova em matéria de protestos: ao longo dos anos, o festival tem sido frequentemente palco de protestos e tomadas de posição políticas. Em 2010, durante a apresentação de Biutiful, de Alejandro González Iñárritu, ativistas exibiram cartazes contra a violência no México.

Em 2019, Ken Loach e outros cineastas usaram a passadeira vermelha para denunciar as políticas europeias de migração. Em 2021, uma série de manifestações chamou a atenção para as condições dos trabalhadores do cinema italiano.

Já no ano de 2022, uma concentração em frente ao Palazzo del Cinema denunciou a emergência climática, transformando a passerelle num local de mensagens políticas.

A pressão deste ano, que prevê uma frente unida entre activistas e grandes nomes do cinema, corre o risco de afetar profundamente a própria imagem do festival.

O Festival confirma-se assim não só como uma montra de glamour e de cinema de arte, mas também como um espaço político global, onde a passadeira vermelha se pode tornar uma arena de protesto. Para a Bienal, o desafio é agora, mais do que nunca, conciliar a linguagem da arte com as urgências da realidade.


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