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Greve geral e protestos perturbam deslocações em Itália no fim de semana

• Oct 3, 2025, 6:49 PM
6 min de lecture
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Os turistas em Itália devem preparar-se para graves perturbações durante dois dias, 3 e 4 de outubro, uma vez que uma greve geral a nível nacional coincide com protestos em massa em todo o país.

A paralisação de 24 horas foi convocada por dois dos maiores sindicatos italianos, CGIL e USB, em resposta à interceção por Israel da Flotilha Global Sumud, que incluía cerca de 40 cidadãos e deputados italianos entre os seus passageiros.

A greve geral anteriormente planeada coincide com a mobilização de centenas de milhares de pessoas em várias cidades do país.

Prevê-se que a ação atinja os serviços de transportes aéreos, ferroviários, marítimos e locais no início do fim de semana.

Que aeroportos e estações serão afetados?

A ação deverá afetar escolas, estabelecimentos de saúde e serviços de transporte em todo o país, incluindo plataformas aéreas como o aeroporto de Malpensa, em Milão.

Os serviços ferroviários nacionais também serão afetados, com a Trenitalia e a Italo a preverem perturbações generalizadas.

Em Milão, os operadores de metropolitano avisaram esta manhã os passageiros para esperarem interrupções ao longo do dia, enquanto em Génova, os trabalhadores portuários se comprometeram a bloquear os carregamentos ligados a Israel, aumentando a perspetiva de encerramento de um dos portos mais movimentados da Europa.

Onde estão a decorrer as manifestações?

Os organizadores prometeram "bloquear tudo", num apelo que faz eco do movimento bloquons tout que está a ocorrer em França.

Em Roma, uma grande manifestação estava marcada para começar às 11 horas de sexta-feira na Piazza dei Cinquecento, em frente à estação de comboios Termini. A polícia esperava que cerca de 70.000 pessoas participassem numa marcha desde a estação Termini até ao Ministério das Infraestruturas e dos Transportes.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido alertou também para outra manifestação que poderá atrair milhares de pessoas em Roma, a 4 de outubro.

Estão igualmente previstas manifestações em Milão, Bolonha, Florença e Nápoles.

Os viajantes devem contar com o encerramento de estradas e atrasos perto dos locais de protesto, especialmente no centro das cidades. Alguns serviços de transporte são garantidos durante as greves, mas os horários variam de cidade para cidade. Consulte os sites locais para obter informações atualizadas.

Porque é que os sindicatos estão em greve?

Os líderes sindicais afirmam que a ação é uma resposta à forma como a Itália lidou com o ataque à flotilha.

"A agressão contra navios civis que transportavam cidadãos italianos é um assunto extremamente grave", afirmou a CGIL num comunicado. "Não se trata apenas de um crime contra pessoas indefesas, mas é também grave que o governo italiano tenha abandonado os trabalhadores italianos em águas internacionais abertas, violando os nossos princípios constitucionais."

As autoridades italianas declararam a greve ilegal, uma vez que está a decorrer sem o pré-aviso legal de 10 dias.

Como é que o governo italiano reagiu?

A primeira-ministra Giorgia Meloni acusou os sindicatos de explorarem o incidente da flotilha para fins políticos.

Falando à margem de uma cimeira da União Europeia em Copenhaga, Meloni afirmou que a flotilha "não trouxe quaisquer benefícios para o povo palestiniano", mas que iria "trazer muitos inconvenientes para o povo italiano".

E acrescentou: "Esperava que não tivessem convocado uma greve geral para uma sexta-feira porque um fim de semana prolongado e uma revolução não combinam".

O ministro dos Transportes, Matteo Salvini, também criticou o movimento e apresentou uma providência cautelar para o bloquear. "Não permitiremos que a CGIL e os extremistas de esquerda levem o caos a Itália. Não toleraremos qualquer greve geral súbita", escreveu numa publicação no X.

O que é que isto significa para os viajantes?

A autoridade italiana da aviação civil, ENAC, recorda aos viajantes que os voos programados entre as 7 e as 10 horas e entre as 18 e as 21 horas devem continuar a ser efetuados.

Durante as greves, a maior parte dos serviços de e para a Sicília, Sardenha e outras ilhas mais pequenas também estão garantidos. Fora destes períodos, é provável que haja cancelamentos e atrasos.

Aconselha-se os viajantes a informarem-se junto da companhia aérea ou do operador de comboios antes da partida e a reservarem tempo extra para as suas viagens, especialmente nos locais onde estão a decorrer manifestações.

Mais greves à vista

A ação de sexta-feira surge no início de um mês turbulento para os transportes em Itália.

Até ao final do ano, estão previstas 40 greves, incluindo greves nos aeroportos de Roma Fiumicino, Pisa, Florença e Milão Linate no final de outubro.

Para as últimas atualizações, deve consultar o calendário de greves do Ministério dos Transportes italiano.