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Márquez conquista matematicamente o seu nono título mundial, o sétimo em MotoGP

• Sep 28, 2025, 3:16 PM
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Seis anos após o seu último Campeonato do Mundo, em 2019, Marc Márquez regressa ao topo do motociclismo. O circuito de Motegi, onde ele foi coroado campeão em 2014, 2016 e 2018, mais uma vez testemunhou a glória do piloto de Cervera. Desta vez, no entanto, o momento teve um sabor especial: Márquez vence com a Ducati, na casa da Honda, a marca que o viu crescer, mas que teve de abandonar para vencer novamente.

Márquez sagrou-se heptacampeão do MotoGP, 12 anos depois de conquistar o seu primeiro título. Além disso, foi campeão mundial de 125cc e Moto2, em 2010 e 2012, respetivamente, somando nove títulos mundiais.

Foram 2.184 dias de espera, marcados pela fratura do úmero no Jerez 2020 que mudou a sua carreira para sempre. Nove meses afastado da competição, recaídas, problemas de diplopia e o doloroso adeus à Honda foram os obstáculos que o piloto teve de ultrapassar. "Se te pararem os pés, crias asas", repetiu Márquez para si próprio durante estes cinco anos difíceis. Hoje, essas asas levaram-no de volta ao topo.

A sua passagem pela equipa Gresini, ao lado do seu irmão Álex, marcou o início do seu renascimento. Aí provou novamente o sabor da vitória, abrindo caminho para o que viria a ser uma época de sonho com a Ducati.

Uma época histórica e de recordes

A época de 2025 ficará na história como uma das melhores da carreira desportiva de Márquez. Desde a primeira corrida, liderou o campeonato, conseguindo sete dobradinhas consecutivas e tornando-se o piloto com mais pontos num Campeonato do Mundo de MotoGP. Com 541 pontos a cinco corridas do fim, ultrapassou os 508 de Jorge Martín no ano anterior.

Só cedeu o degrau mais alto do pódio em cinco ocasiões, duas delas ao seu irmão Álex Márquez, que provou ser mais do que "o irmão de" e estabeleceu-se como um rival a ter em conta. A imagem dos dois a partilharem o pódio pela primeira vez na Tailândia não era vista desde 1997 com os irmãos Aoki.

Com este nono título mundial, o sétimo no MotoGP, Márquez iguala o número de títulos conquistados por Valentino Rossi e consolida a sua posição como um dos grandes da história, atrás apenas de lendas como Ángel Nieto (12+1) e Giacomo Agostini (15). Este ano também ultrapassou as 90 vitórias de Nieto na categoria rainha, confirmando que as suas estatísticas precisam de ser actualizadas quase todos os fins-de-semana.

GP do Japão que o torna virtual campeão

A corrida em Motegi tinha todos os ingredientes para um final perfeito. Pecco Bagnaia liderou do início ao fim, mas a tensão surgiu nas últimas voltas quando a sua moto começou a libertar fumo branco. Márquez, que partiu com o objetivo claro de ser coroado campeão, reduziu a diferença para o segundo lugar que lhe faltava para ser matematicamente campeão.

O pódio foi completado por Joan Mir, que deu uma alegria à Honda em casa depois de um início prometedor de Pedro Acosta, que se desvaneceu com uma saída de pista a seis voltas do fim. Nessa altura, o título já estava nas mãos de Márquez, que, entre gritos e lágrimas, celebrou um campeonato que "vai para além da matemática".

Hoje, em Motegi, o mundo do motociclismo rendeu-se mais uma vez ao homem que nunca desistiu e ressurgiu das cinzas. Marc Márquez, mais uma vez, mostrou que, com ele, tudo é possível.