Eleições no Benfica históricas com recorde mundial de mais de 85 mil votantes

Este ato eleitoral foi o mais participado da história do Benfica e de um clube desportivo a nível mundial. No sábado foi anunciado o recorde de 85.422 votantes, mas no domingo houve uma atualização quando se concluiu o apuramento nas 108 secções: 85.710 sócios votantes afluíram às urnas espalhadas por Portugal e pelo estrangeiro.

O recorde anterior tinha sido estabelecido em junho de 2010, nas eleições para a presidência do Barcelona, que contaram com a adesão de 57.088 sócios.

O atual presidente do Benfica Rui Costa (Lista G) venceu as eleições do clube por uma margem significativa (42,1%), granjeando mais cerca de 210 mil votos do que o segundo classificado, mas não chegou à maioria absoluta e, por isso, terá de disputar uma segunda volta, a 8 de novembro, com João Noronha Lopes (Lista F), que obteve 30,3% da votação.

Rui Costa venceu em 94 das 108 secções de voto em Portugal e no resto do mundo. Em território nacional, perdeu apenas em Paço de Arcos e no Pavilhão 2 da Luz, secções conquistadas pelo empresário João Noronha Lopes, que triunfou igualmente em 11 assembleias de voto no estrangeiro.

Luís Filipe Vieira (Lista E), antecessor de Rui Costa, ficou na terceira posição (13,86%), apesar de ter tido menos votantes (11.816) do que João Diogo Manteigas (Lista C, 11,48%), que reuniu a preferência de 12.259 sócios, tendo vencido em Marselha. Uma situação que se explica pelas regras do sufrágio no clube encarnado: os sócios com mais tempo de filiação têm direito a mais votos.

Martim Mayer (Lista B, 2,10%) e Cristóvão Carvalho (Lista D, 0,18%) foram os dois candidatos menos votados.

Os resultados só foram oficializados na tarde de domingo, na sequência de uma maratona de contagem de votos que se iniciou após o fecho das urnas, às 22 horas de sábado, numa eleição para quatro órgãos distintos (Direção, Mesa da Assembleia Geral, Conselho Fiscal e Comissão de Remunerações), em que não foi admitido o voto eletrónico.