Ataques russos com mísseis e drones na Ucrânia matam pelo menos seis pessoas

Novos ataques russos com mísseis e drones mataram pelo menos seis pessoas e feriram 15 em várias regiões da Ucrânia durante a madrugada de quarta-feira, segundo as autoridades regionais. A ofensiva surge dois dias antes de o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, se encontrar com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, no Alasca, para conversações de paz.
Moscovo lançou pelo menos 49 drones de ataque do tipo Shahed, bem como dois mísseis balísticos Iskander-M ou KN-23 durante a madrugada, informou a força aérea ucraniana. As defesas aéreas conseguiram destruir ou desativar pelo menos 32, com vários ataques diretos.
Segundo o governador Oleksandr Prokudin, quatro pessoas foram mortas na região de Kherson, numa série de ataques com drones que visaram zonas residenciais.
Ataques separados mataram uma pessoa na aldeia de Chornobaivka e dois civis num carro na cidade de Beryslav, acrescentou Prokudin.
"Uma casa foi destruída no ataque. As equipas de salvamento recuperaram o corpo de uma mulher de 61 anos debaixo dos escombros", escreveu Prokudin numa publicação no Facebook.
Os ataques visaram zonas residenciais e infraestruturas, explicou, tendo sido destruídos um edifício alto, cinco casas, uma torre de telecomunicações e vários veículos.
Na região de Donetsk, os ataques mataram duas pessoas em Kostiantynivka e feriram outras 10, adiantou governador Vadym Filashkin.
Uma outra pessoa ficou ferida na sequência de ataques na cidade de Vasylivka, na região de Zaporíjia. No total, Moscovo levou a cabo 529 ataques em 10 povoações ao longo do dia.
A Rússia continua a atacar a Ucrânia apesar dos esforços dos EUA para chegar a um acordo de cessar-fogo. Na sexta-feira, Trump vai encontrar-se com Putin no Alasca, no primeiro encontro cara a cara entre os líderes dos EUA e da Rússia desde a invasão total da Ucrânia por Moscovo, em fevereiro de 2022.
Apesar das conversações, as tropas russas lançaram uma ofensiva súbita no leste da Ucrânia nos últimos dias.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, advertiu que Moscovo está a "reposicionar as suas tropas e forças" para lançar novos ataques contra a Ucrânia, atuando numa lógica contrária aos esforços externos para manter conversações que conduzam a um cessar-fogo.
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