Centenas de pessoas juntam-se no centro de Budapeste para pedir demissão de Orbán

Tal como tem acontecido às terças-feiras nos últimos meses, manifestantes saíram às ruas da capital da Hungria para pedir a demissão do primeiro-ministro do país, Viktor Orbán.
Desta vez, o deputado independente Ákos Hadházy não esteve presente no protesto, mas já tinha partilhado o evento na rede social Facebook.
"No próximo ano, escolheremos se queremos pertencer à Europa ou ser uma terra de ninguém", afirmou Milán Südi, ativista do Momentum, no seu discurso perante os manifestantes.
"Vemos para onde o país está a caminhar, vemos que gerações vão pagar esta dívida. Estão a contrair uma dívida estatal enorme, e a dívida das pessoas também será enorme, uma vez que estão a obrigar a população a recorrer a empréstimos", enfatizou um dos manifestantes.
Na primavera do próximo ano, a Hungria terá eleições legislativas.
"Espero uma campanha muito dura", disse uma ativista do Momentum.
"Como já vimos no referendo organizado pelo partido Tisza há alguns meses, os seus activistas foram atacados. Também nos insultaram e cuspiram-nos, foi esse o comportamentos dos que discordavam de nós. Por isso, acho que tudo vai acontecer aqui. Penso que vai haver coisas muito duras, incluindo violência física por parte dos apoiantes do Fidesz", acrescentou.
Os manifestantes dirigiram-se para a Avenida Andrássy, onde está memorial de Alexei Navalny, em frente à embaixada russa, acusando o governo de Orbán de ser um fantoche de Moscovo.
O protesto terminou de forma pacífica na sede do Fidesz, partido do primeiro-ministro.
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