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Ministro da Defesa de Israel ameaça destruir Cidade de Gaza se o Hamas não aceitar condições para cessar-fogo

• Aug 22, 2025, 8:53 AM
11 min de lecture
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O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, diz que a cidade de Gaza pode ser destruída se o Hamas não aceitar as condições impostas por Israel para pôr termo à guerra, numa publicação no X, esta sexta-feira.

A ameaça surge um dia depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter anunciado que vai dar a aprovação final para a ocupação da cidade de Gaza e, ao mesmo tempo, iniciar negociações com o Hamas, com o objetivo de devolver os reféns e pôr fim a uma guerra de quase dois anos. Mas sublinhou que a guerra só termina nas "condições aceitáveis para Israel".

No início desta semana, o Hamas aceitou uma proposta de cessar-fogo de mediadores do Egito e do Qatar. O Egito e o Hamas dizem que a proposta é quase idêntica à que Israel aceitou antes do impasse das negociações, no mês passado.

Esta proposta inclui a libertação de alguns reféns em troca de palestinianos presos por Israel, a retirada das forças israelitas e negociações sobre um cessar-fogo mais permanente.

No entanto, na quinta-feira, durante uma reunião, no sul de Israel, Netanyahu disse aos oficiais militares que Israel só vai terminar a guerra nos seus próprios termos.

Tanque israelita perto da fronteira entre Israel e Gaza, 21 de agosto de 2025.
Tanque israelita perto da fronteira entre Israel e Gaza, 21 de agosto de 2025. AP Photo/Maya Levin

Entretanto, Israel não parece abrandar os planos para a ofensiva de Gaza. As forças armadas israelitas começaram a telefonar aos responsáveis médicos e às organizações internacionais no norte da Faixa de Gaza, pedindo-lhes que fossem para o sul.

As forças armadas também mobilizaram mais 60.000 reservistas e prolongaram o serviço de 20.000 atualmente em funções.

As tropas israelitas já estão a operar nos bairros de Zeitoun e Jabaliya, na cidade de Gaza, para preparar o terreno para uma operação alargada.

Anteriormente, as forças armadas israelitas (IDF, na sigla em inglês) disseram que vão atuar em locais onde ainda não operaram e onde acreditam que o Hamas ainda está ativo.

Projeto de colonização ilegal na Cisjordânia

Na quarta-feira, Israel aprovou igualmente um projeto de colonização na Cisjordânia ocupada. Na prática, este plano vai dividir o território em dois, o que constituir um duro golpe para as perspetivas de um Estado palestiniano.

A criação de colonatos na área E1, a leste de Jerusalém, está a ser considerada há mais de duas décadas. Mas o plano foi congelado devido à pressão das anteriores administrações norte-americanas.

Muro junto ao bairro árabe de Al-Eizariya, perto da zona onde Israel quer construir novos colonatos, 21 de agosto de 2025.
Muro junto ao bairro árabe de Al-Eizariya, perto da zona onde Israel quer construir novos colonatos, 21 de agosto de 2025. AP Photo

A ocupação israelita dos territórios palestinianos é ilegal à luz do direito internacional.

No ano passado, o Tribunal Internacional de Justiça declarou, numa decisão histórica, que Israel deveria pôr termo à atividade de colonização na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental e terminar a ocupação dessas zonas o mais rapidamente possível.

Protestos em Israel e Gaza

Entretanto, na quinta-feira, manifestantes protestaram em Telavive para exigir o regresso dos reféns. Trouxeram cartazes que diziam "O povo vai trazer os reféns de volta" e "Quanto sangue será derramado?".

Os manifestantes mostraram-se preocupados com o plano de Netanyahu de alargar a ofensiva em Gaza, pois acreditam que isso vai colocar a vida dos restantes reféns ainda mais em perigo. Dos 50 que ainda estão detidos em Gaza, Israel acredita que cerca de 20 ainda estão vivos.

Manifestantes em Telavive exigem o fim da guerra na Faixa de Gaza, 21 de agosto de 2025.
Manifestantes em Telavive exigem o fim da guerra na Faixa de Gaza, 21 de agosto de 2025. AP Photo/Mahmoud Illean

Centenas de pessoas também se reuniram em Gaza num raro protesto contra a guerra e contra o plano de Israel para a deslocação em massa de palestinianos para outros países.

"Queremos que a guerra em Gaza acabe. Não queremos emigrar. Vinte e dois meses... já chega. Basta de morte. Basta de destruição", disse Bisan Ghazal, uma mulher deslocada da cidade de Gaza.

Os planos para a ofensiva militar alargada provocaram uma indignação internacional generalizada, com muitos dos aliados mais próximos de Israel, com exceção dos Estados Unidos, a apelarem ao fim da guerra.

Grupos de defesa dos direitos humanos têm também alertado repetidamente para o agravamento da crise humanitária na Faixa de Gaza, onde a maioria dos moradores está deslocada, vastos bairros estão em ruínas e a fome está a chegar a um ponto crítico.

Palestinianos manifestam-se pelo fim da guerra na Faixa de Gaza num acampamento para pessoas deslocadas, na Cidade de Gaza, 21 de agosto de 2025.
Palestinianos manifestam-se pelo fim da guerra na Faixa de Gaza num acampamento para pessoas deslocadas, na Cidade de Gaza, 21 de agosto de 2025. AP Photo/Abdel Kareem Hana

Na quinta-feira, pelo menos 36 palestinianos foram mortos por fogo israelita em toda a Faixa de Gaza, incluindo 14 que procuravam ajuda humanitária, informaram os hospitais locais.

Os ataques aéreos israelitas destruíram também um campo de tendas em Deir al-Balah, depois de um aviso de evacuação dos militares israelitas. Não foram registadas vítimas, mas o ataque destruiu cerca de 100 tendas que abrigavam famílias já desalojadas pelos combates noutros locais.

A guerra entre Israel e o Hamas começou quando militantes liderados pelo Hamas atacaram o sul de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas, na sua maioria civis, e fazendo 251 reféns.

A resposta de Israel já matou pelo menos 62.192 palestinianos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, cujos números não distinguem combatentes de civis.


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