Taiwan realiza referendo sobre energia nuclear à sombra da ameaça chinesa

Taiwan realiza no sábado um referendo sobre a reativação da última central nuclear do país. O referendo foi iniciado pelo Partido Popular de Taiwan, na oposição, com o apoio do Kuomintang, também na oposição. O Partido Democrático Progressista, no poder, é a favor do abandono progressivo da energia nuclear.
Os defensores da reativação da central nuclear no sul do país argumentam, nomeadamente, que Taiwan importa quase todas as suas necessidades energéticas e que um bloqueio chinês poderia paralisar a economia durante dez dias. Além disso, a indústria de chips do país, líder mundial, está a expandir-se rapidamente devido ao crescimento da inteligência artificial, o que significa que a procura de eletricidade está a aumentar constantemente.
Mas a outra parte argumenta que seria perigoso reiniciar a central, que foi encerrada há apenas três meses, porque está localizada numa zona propensa a terramotos e poderia satisfazer apenas uma pequena percentagem das necessidades energéticas de Taiwan. As preocupações com a segurança são fortemente sublinhadas pelo desastre de 2011 na central de Fukushima, no Japão.
Antes do referendo, foram realizados seis debates públicos em Taiwan, dando ao público a oportunidade de ouvir os argumentos a favor e contra a utilização da energia nuclear. Uma sondagem revelou que 60% dos eleitores apoiam a reabertura da central.
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