Unidades da Guarda Nacional começam a andar armadas em Washington

Algumas unidades da Guarda Nacional que patrulham Washington começaram a trazer consigo armas, numa intensificação da mobilização militar do presidente Donald Trump na capital dos EUA.
Membros da Guarda Nacional da Carolina do Sul foram vistos no local com pistolas no coldre no domingo.
O desenvolvimento ocorre depois de Trump ter colocado centenas de soldados na cidade governada pelos democratas, como parte do que ele disse ser uma iniciativa de repressão do crime.
Inicialmente, o presidente dos EUA convocou 800 membros da Guarda Nacional do Distrito de Columbia, antes de seis estados liderados pelos republicanos enviarem mais tropas para a capital.
Na semana passada, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, emitiu uma diretiva ordenando que a Guarda Nacional começasse a portar armas durante as patrulhas na capital.
Algumas unidades estão agora armadas com pistolas e outras com espingardas, de acordo com um funcionário do departamento de defesa que falou sob condição de anonimato.
Acredita-se que aqueles que desempenham funções de administração ou nos transportes provavelmente permanecerão desarmados.
Um comunicado do grupo de trabalho conjunto que controla o policiamento em Washington refere que as patrulhas começaram a trazer consigo armas no domingo.
O uso de armas deve ser "um último recurso e apenas em resposta a uma ameaça iminente de morte ou de danos corporais graves", afirma o comunicado.
Trump enviou milhares de soldados para Washington há duas semanas, o que gerou protestos esporádicos dos moradores locais.
O presidente norte-americano está a ponderar expandir o envio de tropas para outras cidades lideradas por democratas, como Baltimore, Chicago e Nova Iorque.
"Penso que Chicago será a próxima", disse Trump aos jornalistas na Casa Branca na sexta-feira, acrescentando que Nova Iorque poderia ser a próxima.
Os seus comentários suscitaram uma forte reação dos líderes democratas de ambos os Estados.
O presidente da Câmara de Chicago, Brandon Johnson, considerou que a cidade não precisa de "uma ocupação militar" e que avançaria com uma ação judicial para impedir isso mesmo. Acrescentou que não houve qualquer comunicação da Casa Branca sobre uma possível mobilização militar.
"Não vamos entregar a nossa humanidade a este tirano", afirmou Johnson, no domingo, na MSNBC. "Posso dizer-vos isto: a cidade de Chicago tem uma longa história de resistência à tirania, resistindo àqueles que desejam minar os interesses dos trabalhadores."
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