Menos apanhadores, mais calor: a receita para uma má estação para as bagas suecas

As amoras silvestres douradas são um tipo de baga esquiva que cresce perto de pântanos em toda a Suécia, mas são mais comuns quanto mais a norte se chega.
Em média, a quantidade total estimada de bagas na Suécia por ano é de cerca de 250.000 toneladas de mirtilos e cerca de 80.000 toneladas de amoras silvestres.
Mas devido a uma combinação de temperaturas mais elevadas e menos apanhadores, prevê-se que a produção deste ano diminua drasticamente.
"Numa época normal, quando estamos a comprar bagas [aos apanhadores], podemos comprar cerca de duas toneladas por dia num local normal aqui. Neste momento, estamos a comprar cerca de uma tonelada. Portanto, baixou bastante. Há pouca gente a apanhar, o que significa que vai haver falta de bagas nos congeladores. Os consumidores vão estar a gritar por bagas, mas elas não vão estar disponíveis. É assim que as coisas são", prevê Krystyna Felczak, vendedora de bagas.
E, por sua vez, espera-se que os preços subam e atinjam mesmo valores recorde.
"Neste momento, no caso dos mirtilos, estamos a pagar 30 coroas (2,71 euros) por quilo de bagas não selecionadas."
Num ano normal, os valores seriam muito diferentes: "Começamos com 12 coroas por quilo e o preço podia subir para 17, 18 coroas (1,08 euros). No máximo, 20 coroas (1,81 euros)", explica Krystyna Felczak.
De acordo com a vendedora "os preços estão a subir e os consumidores têm de compreender que os frutos silvestres vão ser caros este ano e, infelizmente, poderá ser a um nível recorde".
"Nunca sabemos o que a época trará. Isso vai afetar os preços, e há poucas pessoas a apanhar neste momento e muito menos bagas nos bosques", acrescenta.
Os vendedores de bagas dizem que a diminuição do stock pode mesmo criar uma situação em que as bagas são vendidas no mercado negro.
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