Xi Jinping defende maior cooperação no âmbito da Organização de Cooperação de Xangai

O presidente da China, Xi Jinping, afirmou que a Cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (OCX) de 2025 visa criar consenso, impulsionar a cooperação e elaborar um plano de desenvolvimento. Xi dirigiu-se aos convidados e líderes mundiais no banquete de abertura da cimeira, na cidade de Tianjin, no domingo.
"Desde a fundação, a OCX tem-se mantido empenhada no Espírito de Xangai, reforçando a solidariedade e a confiança mútua, aprofundando a cooperação prática e participando ativamente nos assuntos internacionais e regionais", disse Xi.
"A OCX tornou-se uma força significativa na promoção de um novo tipo de relações internacionais e na construção de uma comunidade com um futuro partilhado para a humanidade."
Xi acrescentou que a cimeira se realiza num momento crucial de hostilidade, conflito e instabilidade a nível mundial, salientando que os líderes presentes no evento têm a importante missão de colmatar as lacunas e apresentar soluções.
"Estamos incumbidos de uma importante missão: criar um consenso entre todas as partes, dar um impulso à cooperação e elaborar um projeto de desenvolvimento. Amanhã, vou juntar-me aos nossos colegas na reunião do Conselho de Chefes de Estado e de governo".
"Vamos também convocar a reunião "OCX Mais" com dirigentes de países não membros da OCX e de organizações internacionais. Vamos concentrar-nos na forma de reforçar a cooperação, promover o desenvolvimento e melhorar a governação mundial", salientou o dirigente chinês.
Realizado no Centro de Convenções e Exposições Meijiang, em Tianjin, o banquete de boas-vindas contou com a presença de mais de 20 chefes de Estado e de governo, bem como dos respetivos cônjuges, e de mais de 10 dirigentes de organizações internacionais.
Os chefes de Estado de 10 países da Eurásia - incluindo o presidente russo, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi- vão continuar as conversações esta segunda-feira. A discussão vai desde o avanço dos laços bilaterais até aos conflitos que estão a decorrer, como as guerras de Gaza e da Ucrânia.
Este grupo de 10 membros cresceu em dimensão e influência desde que foi fundado há 24 anos, embora os objetivos e programas permaneçam obscuros e o nome pouco reconhecido. Esta organização também é vista como uma forma de a China desafiar os sistemas diplomáticos globais estabelecidos, liderados pelos Estados Unidos, e se promover enquanto ator global na arena internacional.
Fundada em Xangai, em junho de 2001, a OCX passou de seis membros fundadores para uma família de 26 nações, composta por 10 membros, dois observadores e 14 parceiros de diálogo, abrangendo a Ásia, a Europa e a África.
Com os principais mercados emergentes e países em desenvolvimento - como a China, a Rússia e a Índia - entre os membros, a OCX representa quase metade da população mundial e um quarto da economia global.
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