Eleições na Noruega: imposto sobre fortunas domina campanha eleitoral no país

Os noruegueses vão votar nas eleições gerais de segunda-feira, com o futuro do imposto centenário sobre a riqueza a dominar a campanha, entre outras questões.
Prevê-se um resultado renhido entre o bloco de centro-esquerda, liderado pelo Partido Trabalhista do primeiro-ministro Jonas Gahr Støre, líder da Noruega nos últimos quatro anos, e um bloco de direita. A votação nas assembleias de voto começou no domingo e prolongar-se-á até ao final do dia de segunda-feira.
Em causa está o regime de segurança social, que outros países europeus imitaram como um modelo abrangente e universal, que fornece serviços financiados por impostos e acessíveis ao público, incluindo cuidados de saúde, educação gratuita e apoio ao rendimento.
O bloco de centro-esquerda no poder quer manter o imposto para combater a desigualdade. Mas a oposição de direita argumenta que este prejudica a economia, pedindo a sua eliminação.
O debate tem sido alimentado pelas redes sociais, inspirando muitos eleitores mais jovens a oporem-se ao imposto.
Mais de quatro milhões de pessoas estão aptas a votar e cerca de 310.000 jovens são elegíveis pela primeira vez, e os eleitores de origem imigrante representam 11,5% do eleitorado.
Os resultados oficiais serão anunciados na terça-feira, seguindo-se semanas de negociações para formar uma eventual coligação de governo.
Imposto que pode atingir 1,1% sobre os ativos elevados
O imposto sobre a fortuna é uma taxa que pode atingir 1,1% sobre os ativos e ações com valor superior a 1,76 milhões de coroas norueguesas (cerca de 150.000 euros), embora existam várias reduções e descontos, por exemplo, tendo em conta a dívida e a propriedade.
Os trabalhistas afirmam que a sua supressão custaria 34 mil milhões de coroas (2,8 mil milhões de euros) por ano.
Os nacionalistas anti-imigração do Partido do Progresso, que lidera a coligação de direita, pede a abolição do imposto sobre o património, argumentando que é prejudicial para a economia.
A líder do partido, Sylvie Listhaug, argumenta que o imposto penaliza os empresários que podem ter participações tributáveis em empresas valiosas, mas com poucos rendimentos reais.
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