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Trump dirige-se a "nação em luto" no funeral de Charlie Kirk no Arizona, perante milhares de pessoas

• Sep 21, 2025, 8:48 PM
20 min de lecture
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"Hoje, os Estados Unidos são uma nação em luto, uma nação em choque e uma nação em tristeza", afirmou o presidente dos EUA, Donald Trump, na cerimónia fúnebre pública de Charlie Kirk, no Arizona, no domingo.

Trump, que subiu ao palco ao som de fogos de artifício e acompanhado pela interpretação ao vivo, de Lee Greenwood, de "God Bless the USA", disse que Kirk foi "assassinado de forma hedionda por um monstro radicalizado e frio".

"Ele foi assassinado porque viveu com coragem, viveu com ousadia e argumentou brilhantemente sem pedir desculpas", referiu Trump perante a multidão de milhares de pessoas reunidas no State Farm Stadium, em Glendale.

"Para milhões de americanos... é doloroso dizer adeus a um patriota que tinha tanto para dar."

Um dos ativistas conservadores mais proeminentes dos EUA, Kirk foi morto a tiros num evento de campanha numa universidade de Utah, a 10 de setembro, enquanto debatia com membros da multidão.

No seu discurso principal, no domingo, Trump disse que foi Kirk quem o apresentou ao agora vice-presidente JD Vance como seu potencial companheiro de candidatura e frequentemente pedia ao presidente dos EUA para discursar nos seus eventos. "Ele trabalhava tanto que eu não queria dececioná-lo; ele fazia-me sentir culpado", lembrou Trump.

"Matar um homem como ele, ele não merecia isso... foi um ataque horrível aos Estados Unidos da América."

"Mas o assassino falhou na sua missão, porque a sua mensagem é maior, melhor e mais forte do que antes", exclamou Trump. "Pensem nisso, ele é maior hoje do que era há duas semanas."

"Ele é eterno, e só quero dizer que o amamos", afirmou o presidente dos EUA. "É por isso que, em breve, vou conceder a Charlie a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta honra civil."

Os participantes ouvem o presidente Donald Trump, no ecrã à esquerda, discursar numa cerimónia em memória do ativista conservador Charlie Kirk no State Farm Stadium
Os participantes ouvem o presidente Donald Trump, no ecrã à esquerda, discursar numa cerimónia em memória do ativista conservador Charlie Kirk no State Farm Stadium AP Photo

Além disso, afirmando que Kirk era um grande apoiante da iniciativa “Make America Healthy Again” ("Tornar os Estados Unidos Saudáveis Novamente", em português), do secretário da Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., Trump disse que irá revelar uma importante decisão “médica” relacionada com o autismo em crianças na segunda-feira.

Trump também prometeu "salvar Chicago" — onde Kirk cresceu — "do crime horrível", que Trump disse ter sido a última coisa que Kirk lhe disse, explicando que Kirk passou grande parte da sua juventude lá, e por todo o território dos Estados Unidos, dedicando-se a "inspirar as pessoas para a causa conservadora".

Ele prometeu fazer o mesmo em Memphis e "algumas outras cidades", comparando-as à "muito segura" Washington, para onde Trump destacou a Guarda Nacional dos Estados Unidos no início deste ano.

Trump concluiu o seu discurso elogiando Kirk como um "mártir da nossa liberdade" e "o nosso maior evangelista da liberdade americana".

"Nenhum de nós jamais esquecerá Charlie Kirk, e nem a história o esquecerá", concluiu.

Trump, que creditou a Kirk um papel fundamental na sua vitória eleitoral de 2024, foi um dos muitos oradores notáveis e membros proeminentes do seu movimento "Make America Great Again", ou MAGA, presentes no evento, incluindo Vance, Kennedy Jr. e o secretário da Defesa, Pete Hegseth.

"Deus abençoe todos vocês por terem vindo de todas as partes do mundo para homenagear e celebrar o meu Charlie", referiu a viúva de Kirk, Erika Kirk, que falou imediatamente antes de Trump, perante os milhares de pessoas reunidas no State Farm Stadium, em Glendale.

Erika Kirk limpa as lágrimas enquanto discursa numa cerimónia em memória do seu marido, o ativista conservador Charlie Kirk, no State Farm Stadium, em Glendale
Erika Kirk limpa as lágrimas enquanto discursa numa cerimónia em memória do seu marido, o ativista conservador Charlie Kirk, no State Farm Stadium, em Glendale AP Photo

Relembrou então a mensagem de Kirk num evento há dois anos, quando ele citou um versículo da Bíblia para enfatizar o seu papel como alguém que se envolvia em debates por todos os Estados Unidos, defendendo pontos de vista tradicionais.

"Quando dizes: aqui estou, Senhor, usa-me, Deus aceita isso, e foi o que Ele fez com o Charlie", afirmou ela. "Há onze dias, Deus aceitou essa rendição total do meu marido e chamou-o, então, para o seu lado."

Num discurso emocionado, no qual ela relembrou ter visto o corpo sem vida do seu marido, Erika Kirk disse, depois, que perdoava o atirador de Charlie Kirk.

"Eu perdoo-o por causa do que Cristo fez e é o que Charlie faria. A resposta ao ódio não é o ódio, a resposta que conhecemos é o amor e sempre o amor. Amor pelos nossos inimigos e amor por aqueles que nos perseguem", afirmou ainda, prometendo continuar o trabalho da organização de Kirk, Turning Point USA, como sua CEO.

Erika e Charlie Kirk casaram-se em 2021 e têm dois filhos.

"Não consigo deixar de pensar que tentaram silenciar o meu querido amigo Charlie Kirk... e esta noite falamos com Charlie e por Charlie mais alto do que nunca", disse Vance na abertura do seu discurso, após aparecer sob aplausos e gritos de "EUA, EUA".

"Charlie Kirk criou um movimento... e, ao fazê-lo, mudou o curso da história americana."

"Ele era Atenas e Jerusalém, a cidade da razão e a cidade de Deus, numa só pessoa", enfatizou Vance, que é amigo íntimo de Kirk. "Charlie foi assassinado a fazer o que amava, dizer a verdade, proclamar a sua fé."

“Vimos pessoas a difamá-lo, vimos pessoas a justificar o seu assassinato e a celebrar a sua morte... mas é fácil ver, nesses momentos, apenas o pior nos nossos semelhantes”, afirmou Vance, concluindo que gostaria de ter ligado a Kirk para falar com ele sobre o que o encorajaria a fazer em resposta ao sucedido.

"Ele dir-me-ia para orar pelos meus amigos, mas também pelos meus inimigos. Dir-me-ia para vestir a armadura completa de Deus e voltar ao trabalho."

"Meus amigos, em relação ao Charlie, devemos lembrar-nos que ele é um herói para os Estados Unidos da América. E ele é um mártir da fé cristã", disse o vice-presidente dos EUA.

"Percorreste um bom caminho, meu amigo, adoro-te. A partir daqui, nós tratamos do resto", concluiu Vance.

Donald Trump Jr, outro amigo íntimo de Kirk, iniciou o seu discurso afirmando que ele não era uma pessoa conhecida por derramar lágrimas e que o seu sentido de humor muitas vezes lhe valia uma chamada do pai, num raro momento de riso num evento que, de outra forma, seria apenas sombrio.

"Charlie trouxe à superfície o melhor de nós", disse Trump Jr, que participou nas suas digressões de debate universitário e apoiou o Turning Point. Relembrou ainda vários eventos em que Kirk decidiu subir ao palco, apesar das ameaças à sua vida e segurança.

"Charlie liderou o caminho, e a sua mensagem era clara naquela altura e continua clara agora: não vamos recuar. Não vamos ser intimidados... Não vamos ser silenciados."

"Gostaria de pensar que Jesus estava de pé para receber... o mártir corajoso, no céu", explicou Trump Jr, recordando passagens bíblicas. No dia do assassinato de Kirk, Trump Jr disse que pensou: "Aposto que Charlie viu o filho de Deus de pé, erguendo-se para recebê-lo em casa."

O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, sobe ao palco para discursar numa cerimónia em memória do ativista conservador Charlie Kirk, no State Farm Stadium, em Glendale
O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, sobe ao palco para discursar numa cerimónia em memória do ativista conservador Charlie Kirk, no State Farm Stadium, em Glendale AP Photo

Tanto Hegseth como o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, elogiaram o seu "querido amigo" nos seus discursos no Arizona no domingo, com Rubio a afirmar que o assassinato de Kirk foi "um assassinato político, mas também uma morte de âmbito familiar".

"Ele morreu da maneira como viveu, dizendo a verdade", afirmou Hegseth. "E as portas do inferno não prevaleceram contra ele."

"Ele era ousado, corajoso, era um herói", enfatizou. "Um guerreiro pelo país, um guerreiro por Cristo, ele venceu a corrida, terminou a luta. Agora é a nossa vez."

"Ele fundou a Turning Point USA, mas este momento é o ponto de viragem para os EUA", disse Hegseth. "Charlie, nós assumimos a partir daqui. Deus te abençoe."

O vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Stephen Miller, referiu, por sua vez, no palco que "a luz derrotará as trevas". "Dedicaremos o resto das nossas vidas a concluir as causas às quais Charlie dedicou a sua última medida de devoção", apontou Miller, numa mensagem com caráter religioso.

Os presentes ficam emocionados ao assistir a um vídeo em homenagem a Charlie Kirk durante uma cerimónia em memória do ativista conservador no State Farm Stadium
Os presentes ficam emocionados ao assistir a um vídeo em homenagem a Charlie Kirk durante uma cerimónia em memória do ativista conservador no State Farm Stadium AP Photo

O primeiro a discursar no domingo foi Rob McCoy, pastor emérito da Godspeak Calvary Chapel, na Califórnia, que disse ser o pastor preferido de Kirk.

"Charlie nunca teve medo, porque sabia que a sua vida estava segura nas mãos de Deus", afirmou McCoy, que é um defensor declarado de Trump.

A deputada da Flórida Anna Paulina Luna exortou os jovens a dar continuidade ao legado de Kirk, referindo que ele se tornou "um dos homens mais poderosos do mundo".

"Charlie dedicou a sua juventude, a sua energia e a sua determinação inabalável... para mobilizar milhões neste último ciclo eleitoral de modo a recuperar os princípios da verdade e da autogovernança que definem a nossa nação excecional", disse Luna.

O ativista conservador Jack Posobiec criticou a esquerda no seu discurso, sustentando que o movimento de Kirk deve continuar.

"Nunca, jamais, deixaremos a esquerda, os media ou os democratas esquecerem o nome de Charlie Kirk", garantiu Posobiec, terminando com a promessa de acabar com a "doença maligna... que nos tirou Charlie".

As pessoas ouvem uma canção de louvor na zona exterior antes de uma cerimónia em memória do ativista conservador Charlie Kirk no State Farm Stadium, a 21 de setembro de 2025
As pessoas ouvem uma canção de louvor na zona exterior antes de uma cerimónia em memória do ativista conservador Charlie Kirk no State Farm Stadium, a 21 de setembro de 2025 AP Photo

O alegado atirador que vitimou Kirk, Tyler Robinson, que vem de uma família republicana do Utah, "tinha começado a inclinar-se mais para a esquerda", de acordo com o testemunho da mãe de Robinson, disseram as autoridades. Até agora, não foram encontradas ligações entre Robinson e quaisquer grupos de esquerda, de acordo com a informação noticiada.

A cerimónia fúnebre de Kirk atraiu cerca de 200 mil pessoas no domingo, segundo o reportado. O público começou a fazer fila do lado de fora do estádio antes do amanhecer, e o estádio com 63.400 lugares — que pode ser ampliado para um total de 73.000 para megaeventos — rapidamente se encheu de pessoas vestidas de vermelho, branco e azul, disseram os organizadores.

O CEO da Tesla, Elon Musk, que já foi um aliado próximo de Trump, também foi visto entre a multidão, e os dois trocaram um aperto de mão.


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