Ativistas portugueses e espanhóis regressam após Israel intercetar flotilha de ajuda a Gaza

A frota de 42 barcos, onde seguiam 450 ativistas, pretendia desafiar o bloqueio naval de Israel e entregar ajuda humanitária a Gaza. A maioria dos ativistas detidos, entre quarta e sexta-feira, foi levada para Israel, onde muitos ainda permanecem.
Dezenas de familiares e apoiantes dos ativistas reuniram-se nos aeroportos de Lisboa e Madrid para os receberem. O jornalista espanhol Nestor Prieto, que está entre os ativistas capturados, alegou que os oficiais israelitas apontaram os lasers das armas para as suas "partes vitais" e usaram táticas de privação de sono.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel rejeitou as alegações como “mentiras descaradas”, afirmando que aqueles que permanecem detidos optaram por seguir procedimentos formais de deportação em vez de aceitar o regresso voluntário.
O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, elogiou o pessoal prisional na instalação de Ketziot pela forma como lidaram com os ativistas.
As detenções geraram críticas diplomáticas da Turquia, Colômbia e Paquistão, enquanto a Grécia apresentou um protesto formal sobre o tratamento dos seus cidadãos. A interceção ocorreu enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, pressionava Israel para suspender os ataques aéreos em Gaza e avançava com uma nova proposta de cessar-fogo, que tanto Israel como o Hamas aceitaram parcialmente antes das negociações no Cairo.
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