Polónia detém oito pessoas por suspeita de sabotagem ligada à Rússia

As autoridades polacas detiveram oito pessoas em todo o país por suspeita de prepararem atos de sabotagem, informou um porta-voz da Procuradoria Nacional.
Os procuradores acusaram um dos detidos, de nacionalidade ucraniana, de estar envolvido em planos para enviar materiais explosivos para a Ucrânia.
Dois outros ucranianos, de 21 e 24 anos, terão também estado envolvidos na conspiração, que terá sido orquestrada pelos serviços secretos russos.
A dupla foi detida na Roménia, confirmaram as autoridades romenas que inficaram que a detenção aconteceu depois de terem depositado duas encomendas com dispositivos incendiários improvisados numa empresa de correio internacional em Bucareste.
O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, publicou na terça-feira de manhã uma mensagem sobre a detenção de oito pessoas no X.
"O caso está a decorrer. Continuam a decorrer outras atividades operacionais", afirmou.
O objetivo das suas ações, segundo os procuradores polacos, era intimidar as populações e desestabilizar os países da UE que apoiam a Ucrânia.
Tomasz Siemoniak, ministro polaco responsável pela coordenação dos serviços especiais, escreveu também nas redes sociais que os detidos foram presos por suspeita de "realizar reconhecimento de instalações militares e infraestruturas críticas, preparar recursos para sabotagem e realizar ataques diretamente".
Desde a invasão total da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022, a Polónia deteve dezenas de pessoas por suspeita de sabotagem e espionagem.
No mês passado, os procuradores da Lituânia, país vizinho da Polónia no Báltico, afirmaram ter descoberto e detido uma rede de suspeitos ligados à Rússia que alegadamente planeava e organizava ataques incendiários em vários países europeus.
As autoridades ocidentais acusaram a Rússia e os seus representantes de estarem na origem de dezenas de incidentes em toda a Europa desde a invasão da Ucrânia, há três anos.
Os ataques suspeitos vão desde o enchimento de tubos de escape de automóveis com espuma expansiva na Alemanha até um plano para colocar explosivos em aviões de carga.
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