Colonos israelitas incendeiam carros na Cisjordânia ocupada
Ninguém ficou ferido no ataque ocorrido durante a noite em Al-Bireh, uma cidade adjacente a Ramallah, onde está sediada a Autoridade Palestiniana, apoiada pelo Ocidente. Pelo menos 18 carros foram incendiados.
A Autoridade Palestiniana, que administra os centros populacionais do território, condenou o ataque enquanto a polícia israelita, que trata das questões de aplicação da lei que envolvem os colonos na Cisjordânia, disse que estava a investigar.
Os ataques dos colonos aos palestinianos e às suas propriedades aumentaram desde o reacender do conflito em Gaza, desencadeado pelo ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023. Ainda assim, os ataques em Ramallah e arredores, onde se encontram os altos funcionários palestinianos e as missões internacionais, são raros.
Israel capturou a Cisjordânia na guerra do Médio Oriente de 1967, e os palestinianos querem que esta constitua a parte principal do seu futuro Estado.
Os três milhões de palestinianos do território vivem sob o domínio militar israelita, com a Autoridade Palestiniana a exercer uma autonomia limitada em menos de metade do território.
Mais de 500.000 colonos judeus com cidadania israelita vivem em dezenas de colonatos espalhados pela Cisjordânia, que a maior parte da comunidade internacional considera ilegais.
O alto representante da União Europeia, Josep Borrell, afirma que a escalada da crise em Gaza e nos territórios palestinianos ocupados “está a deteriorar-se a cada hora que passa, com um sofrimento insuportável para os civis”.
“Ninguém parece capaz ou disposto a pôr cobro a esta situação”, afirmou no X.
Borrell condenou o aumento da violência dos “colonos extremistas”, que, segundo ele, “espalham a destruição” em zonas como el-Bireh, na Cisjordânia ocupada, e sublinhou a necessidade urgente de responsabilização.
Israel informa ONU sobre fim de acordo com a URNWA
Israel disse na segunda-feira que rescindiu o acordo que facilitava o trabalho da agência da ONU para os refugiados palestinianos, o principal fornecedor de ajuda em Gaza, no que parecia ser um passo para implementar a legislação aprovada no mês passado que cortaria os laços com a agência e a impediria de operar em Israel.
A decisão implica a anulação do acordo celebrado em 1967, aprovado pelo parlamento do país.
“Na sequência da aprovação da legislação sobre a UNRWA, o Estado de Israel notificou oficialmente o presidente da Assembleia Geral do fim da cooperação com a agência”, declarou o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, na rede social X.
Israel afirma que a agência da ONU para os refugiados palestinianos, conhecida como UNRWA, foi infiltrada pelo Hamas. Esta nega as alegações e diz que toma medidas para garantir a sua neutralidade.
A agência das Nações Unidas diz que a probição levará ao "colapso" do trabalho humanitário em Gaza.
“Se esta lei for aplicada, é provável que cause o colapso da operação humanitária internacional na Faixa de Gaza, uma operação da qual a UNRWA é a espinha dorsal”, afirmou Jonathan Fowler, porta-voz da UNRWA, à AFP.
Israel ataca Damasco na Síria
Israel terá levado a cabo um ataque aéreo em vários locais em Damasco, na Síria.
Segunfo informou a SANA, agência noticiosa do país, aviões de guerra israelitas atacaram vários locais a sul da capital, causando danos materiais.
“Cerca das 18:05 de hoje, o inimigo israelita lançou uma agressão aérea a partir da direção do Golã sírio ocupado, visando uma série de locais a sul de Damasco, causando alguns danos materiais nos locais”, disse uma fonte militar à SANA.
Norte de Gaza sem ambulâncias e com hospitais em dificuldades
O Ministério da Saúde de Gaza afirma que as ambulâncias já não estão a funcionar no norte do enclave, onde Israel tem estado a levar a cabo uma nova ofensiva há quase um mês.
Eyad Zaqout, um alto funcionário do ministério, disse aos jornalistas na segunda-feira que “um grande número de pessoas feridas está a sangrar nas estradas”.
Além disso, os hospitais do norte do território permanecem com grandes dificuldades.
As forças israelitas continuam a bombardear o hospital Kamal Adwan esta segunda-feira, ferindo alguns funcionários e pacientes.
O ataque cerrado a instalações no hospitalares no norte da Faixa de Gaza também foi mencionado por Josep Borrell.
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