Eleições na Roménia: eleitores escolhem entre a Europa e o nacionalismo
Marcel Ciolacu, primeiro-ministro e líder do Partido Social-Democrata (PSD), é o favorito para vencer as eleições presidenciais, cuja primeira volta decorre este domingo. Ciolacu lidera em todas as sondagens, seguido do nacionalista de extrema-direita George Simion.
Ciolacu diz ter um “plano claro para uma Roménia mais desenvolvida que não deixa ninguém para trás, um plano interno baseado no crescimento económico e um plano para uma Roménia mais respeitada e influente no estrangeiro”.
“Infelizmente, temos líderes políticos que põem em causa a nossa presença na União Europeia e na NATO (...) Acredito que os extremistas devem ser isolados politicamente e não tidos em conta por nenhum governo”, acrescentou o líder do PSD, numa clara referência ao rival George Simion.
Simion é uma figura controversa. Este apoiante de Donald Trump lidera a Aliança para a Unidade dos Romenos (UAR), um partido constituído em 2019 que proclama representar “a família, a nação, a fé e a liberdade”.
“Gostaria que os romenos sentissem que os líderes são criadores de regras e não simplesmente cumpridores de regras”, disse esta semana, em Bucareste.
O candidato, de 38 anos, está proibido de entrar na Moldova e na Ucrânia por questões de segurança. Recentemente, negou “todas as alegações relativas a qualquer tipo de ligação com os agentes dos serviços de informação russos”.
No total são 14 candidatos, mas o vencedor só deve ser conhecido na segunda volta, marcada para 8 de Dezembro.
Além de Ciolacu e Simion, há outros três candidatos com hipóteses de chegar à segunda volta. São eles Elena Lasconi (partido Salve a União Roménia, USR), o ex-secretário-geral adjunto da NATO Mircea Geoana (independente) e Nicolae Ciuca, antigo general e primeiro-ministro (Partido Liberal Nacional, de centro-direita).
Mas, ao todo, vão ser três domingos seguidos de eleições. Estão também marcadas eleições legislativas para 1 de dezembro, o dia nacional da Roménia, que vão determinar o próximo governo e primeiro-ministro.
Mas as campanhas estão também a causar muita insatisfação. Nas ruas de Bucareste, vários eleitores mostram-se indecisos e dizem que as questões relevantes não estão a ser abordadas.
“Os debates têm sido importantes, mas não posso dizer que tenha tirado uma conclusão do que vi até agora na televisão”, disse um estudante à Euronews.
Na Roménia, o presidente tem um mandato de cinco anos com poderes de decisão em áreas como a segurança nacional e a política externa.
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