Marques Mendes puxa de galões da experiência no lançamento da candidatura presidencial
![1](https://static.euronews.com/articles/stories/09/03/72/28/800x450_cmsv2_9ca15029-0599-555d-8815-0497aee44bb6-9037228.jpg)
Luís Marques Mendes escolheu Fafe, a terra onde cresceu e começou na política aos 19 anos como autarca, para apresentar a candidatura às presidenciais do próximo ano, uma candidatura que, à semelhança de outros que o precederam, quer que seja "de todos os portugueses", frisando que entregou o cartão de militante do PSD antes deste ato de apresentação pública, pois quer que esta seja uma candidatura independente.
No entanto, parece claro que Marques Mendes terá, nesta tentativa de chegar à Presidência da República em janeiro/fevereiro de 2026, o apoio do PSD - partido do qual foi líder e pelo qual foi, durante várias décadas de vida política, deputado, secretário de Estado e ministro.
Nesta apresentação, Marques Mendes não deixou de fazer algumas alfinetadas ao líder das sondagens, o Almirante Gouveia e Melo, puxando dos galões da experiência política acumulada ao longo de uma carreira de mais de 40 anos - algo que o militar, que liderou a campanha de vacinação contra a Covid-19, não tem.
Marques Mendes disse que "só a experiência garante segurança e previsibilidade" e que o cargo de Presidente da República é "eminentemente político" e "deve ser exercido por quem tem experiência". A este propósito, disse ainda que "não é altura para tiros no escuro".
Candidatura "assente em valores"
O político veterano apresentou esta como uma candidatura "assente em valores, orientada por desafios e com compromissos".
Entre esses compromissos, destacou o da ética política, aproveitando o momento marcado por vários escândalos envolvendo políticos de vários partidos. Para reafirmar esta ideia, socorreu-se das palavras do fundador do PSD Francisco Sá Carneiro, que disse que a "política sem ética é uma vergonha".
Luís Marques Mendes nasceu em 1957 no concelho de Guimarães e saltou para a ribalta política durante os governos de Cavaco Silva (1985-1995), em que foi, sucessivamente, secretário de Estado adjunto, porta-voz do governo, secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros e ministro-adjunto do primeiro-ministro. Mais tarde, no governo de Durão Barroso (2002-2004), foi ministro dos Assuntos Parlamentares. Foi ainda líder da bancada parlamentar do PSD (1995-1996) e presidente do partido entre 2005 e 2007.
Nos últimos anos, tem-se dedicado ao comentário político nas televisões.
Yesterday