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Alemanha já não é o país da UE com mais pedidos de asilo

• Sep 8, 2025, 5:59 AM
4 min de lecture
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A Alemanha deixou de ser o país onde mais pessoas pedem asilo na União Europeia, revelam os novos dados divulgados pela Agência da União Europeia para o Asilo na segunda-feira.

Até ao final de junho de 2025, França (78.000) e Espanha (77.000) receberam mais pedidos do que a Alemanha (70.000), que tem sido o principal destino dos requerentes de asilo nos últimos anos.

Até ao final de junho de 2025, os países da UE, mais a Noruega e a Suíça, receberam 399.000 pedidos de asilo, uma diminuição de 23% em comparação com o primeiro semestre de 2024.

Registou-se uma queda significativa nos pedidos apresentados por cidadãos sírios, com menos 25.000 pedidos do que nos primeiros seis meses do ano anterior, devido à queda do regime de Assad na Síria em dezembro passado.

Os pedidos na Alemanha, Itália e Espanha diminuíram em relação ao primeiro semestre de 2024, respetivamente 43%, 25% e 13%, enquanto se mantiveram mais ou menos estáveis em França, que é agora o país da UE com mais pedidos de asilo. Em conjunto, estes quatro países de destino representaram quase três quartos de todos os pedidos apresentados em toda a UE.

A Venezuela é atualmente o principal país de origem dos requerentes de asilo.

Os venezuelanos apresentaram um número significativo de pedidos de asilo em 2025: cerca de 49.000, um aumento de quase um terço em relação ao ano anterior.

Tornaram-se o maior grupo de nacionalidade no primeiro semestre de 2025, após uma década em que os sírios foram sistematicamente os principais nacionais de países terceiros que procuraram proteção na UE, de acordo com os dados da Agência da União Europeia para o Asilo.

Este enorme aumento está provavelmente relacionado com uma política de imigração mais rigorosa nos Estados Unidos, outro destino tradicional da diáspora venezuelana, disse à Euronews Martin Wagner, especialista em asilo do Centro Internacional para o Desenvolvimento de Políticas de Migração (ICMPD na sigla original).

"Pode dizer-se que parece haver uma relação causal: à medida que os EUA se tornaram mais restritivos em relação à migração em geral, as pessoas têm procurado cada vez mais outros locais para se deslocarem".

Desde que Donald Trump voltou a assumir o cargo de presidente dos EUA, iniciou uma repressão contra os migrantes venezuelanos que vão para o país, e a sua administração anunciou recentemente que vai acabar com as protecções temporárias para mais de 250.000 cidadãos venezuelanos.

Em contrapartida, os venezuelanos podem aterrar na Europa sem visto e permanecer por um período máximo de 90 dias nos países do espaço Schengen, apenas com o passaporte.

Depois, quando já se encontram em solo europeu, tendem a solicitar o visto ou a proteção internacional.

"Os venezuelanos têm vindo para a Europa há já algum tempo, mas a maioria permanece na região. Isto é típico dos casos de deslocação em grande escala: a maioria das pessoas fica nas proximidades, embora algumas acabem por se deslocar para mais longe. As razões para a deslocação variam. Muitas vezes, é devido a redes de amigos, familiares ou comunidades que já conhecem noutro país, o que facilita a transição".

Apesar de a taxa de reconhecimento da proteção internacional para os venezuelanos ser inferior a 20% na UE, muitos países podem também oferecer estatutos nacionais aos venezuelanos, disse Martin Wagner.

A Espanha oferece a maior parte desta forma de proteção nacional e é para lá que os venezuelanos se dirigem: 93% dos seus pedidos foram dirigidos a Espanha, também devido à língua comum e à diáspora existente no país.


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