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Hungria e Eslováquia sob pressão com sanções impostas à Rússia pelos EUA e pela UE na energia

• Sep 11, 2025, 6:25 AM
6 min de lecture
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A Hungria e a Eslováquia vão ser cada vez mais pressionadas a eliminar gradualmente as importações de combustíveis fósseis russos, à medida que a União Europeia (UE) e os Estados Unidos (EUA) começam a colaborar para atingir a economia de guerra da Rússia, disse um analista à Euronews.

Os dois países da Europa Central são os últimos importadores de petróleo russo.

"O objetivo [da UE] de eliminar gradualmente os combustíveis fósseis russos alinha-se com a política americana de domínio energético. Por isso, penso que é essa a direção a seguir. E penso que a Hungria e a Eslováquia vão ser pressionadas nesse sentido", disse à Euronews Eammon Drumm, analista de investigação do Fundo Marshall Alemão dos Estados Unidos.

A Administração Trump e a União Europeia mantiveram conversações na segunda-feira, em Washington, incluindo o czar das sanções da UE, David O'Sullivan, para considerar como pressionar a economia russa com novas sanções para enfraquecer a máquina de guerra de Putin, dias depois de Donald Trump ter confirmado que o seu país estava preparado para impor sanções adicionais à Rússia.

Um dos objetivos poderia ser atingir os importadores de combustíveis fósseis russos, como a Índia ou a China, com tarifas secundárias. Esta medida, por si só, não afetaria os Estados-Membros da UE, mesmo que estes continuem a importar petróleo ou gás.

"Penso que é provável que a Hungria e a Eslováquia não sejam diretamente visadas por sanções secundárias dos EUA, porque isso poria em causa os termos do acordo comercial entre os EUA e a UE, no qual existia um acordo significativo sobre a compra de energia", referiu Eammon Drumm.

Aumenta pressão política de Washington para que petróleo russo saia do mercado

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse aos eurodeputados, no seu discurso sobre o estado da União, que é altura de a Europa "se livrar da energia suja russa o mais rapidamente possível".

Há alguns dias, um funcionário da UE não identificado disse ao CNCB que a dependência energética da Rússia será objeto de um ataque mais veemente.

O Secretário da Energia dos EUA, Chris Wright, declarou ao Financial Times que, se a Europa espera que os EUA reforcem as sanções contra Moscovo, os seus Estados-membros devem suspender as importações de petróleo e gás.

Uma fonte da Casa Branca disse ao New York Post, há uma semana, que a Administração Trump quer que a Europa deixe de comprar petróleo russo.

A UE proibiu as importações de petróleo russo em 2022, mas a Hungria e a Eslováquia garantiram derrogações, uma vez que os dois países sem litoral têm rotas alternativas limitadas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Péter Szijjártó, afirmou na semana passada que o seu país compra petróleo russo porque não tem rotas alternativas para a importação.

"A compra de energia é uma questão física. Podemos comprar energia de qualquer oleoduto que chegue aqui", afirmou Szijjártó. O ministro húngaro também negou que Trump queira que a Hungria deixe de comprar petróleo russo.

Mas Drumm disse que a Hungria e a Eslováquia não vão poder ignorar a pressão e terão de acabar por se livrar da energia russa.

"Suspeito que, nos próximos anos, a Hungria e a Eslováquia, em menor grau, continuarão a procurar apoio adicional, financiando exceções da UE nestas questões. Penso que vão insistir até ao último minuto possível, mas penso que o impulso para a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis russos está presente. Não vai desaparecer", afirmou Eammon Drumm.

A UE planeia eliminar completamente a energia russa do bloco até 2027 no seu roteiro REPowerEU,** ao qual se opõem a Hungria e a Eslováquia. Mas a substituição das infraestruturas existentes é dispendiosa e os dois países podem esperar obter um aumento do financiamento da UE para a sua diversificação.

"Se isto tivesse um impacto na Hungria, seria através da obtenção de mais apoio da UE para os esforços de diversificação, porque a substituição do petróleo e do gás russos, em menor escala, é dispendiosa, acrescenta complexidade e também há desafios com as infraestruturas".

Hungria já está a diversificar importações

Drumm observou que o acordo comercial UE-EUA prevê um aumento das importações de energia dos EUA, no valor de 750 mil milhões de dólares, até ao final do mandato presidencial de Donald Trump, em 2029. Mas é difícil para a Eslováquia e a Hungria contribuírem para estas importações sem portos.

Drumm considera que, embora estes países sejam fortemente encorajados a diversificar as suas importações de energia, estas não serão necessariamente provenientes dos EUA, "devido à complexidade de fazer chegar as importações de combustíveis fósseis dos EUA aos países sem litoral".

A Noruega, o Azerbaijão e outros países da região e do Médio Oriente poderão ser fontes alternativas mais plausíveis.

Outra razão para a diversificação é a falta de segurança que afeta os fornecimentos que chegam através da zona de guerra. Ultimamente, a Ucrânia tem atacado frequentemente o oleoduto Drushba, em território russo, interrompendo efetivamente as importações durante um dia.

Apesar de ter rejeitado os apelos da UE para abandonar os combustíveis russos, a Hungria parece estar a avançar nessa direção no que diz respeito às importações de gás natural.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Péter Szijjártó, anunciou na terça-feira que a Hungria assinou um contrato de compra de gás natural a longo prazo com a Shell, que prevê a compra de dois mil milhões de metros cúbicos de gás natural durante dez anos, a partir de 2026.

O ministro saudou o acordo como o maior deste género com uma empresa ocidental. "Esperamos que este contrato sirva de exemplo, ao qual se seguirão navios mais pequenos e talvez maiores no futuro", concluiu o ministro.


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