Sistema informático dos hospitais e centros de saúde restabelecido após apagão

Vários hospitais e centros de saúde portugueses tiveram, desde a madrugada até ao fim da manhã desta quinta-feira, o sistema informático em baixo. O apagão afetou o trabalho dos médicos, uma vez que não conseguiam aceder aos dados dos doentes para as consultas e cirurgias.
Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) disseram à agência Lusa que os constrangimentos resultaram de uma atualização realizada pela operadora de telecomunicações NOS no software da Rede Informática da Saúde (RIS).
“As equipas técnicas dos SPMS estão, juntamente com o operador externo, a tentar resolver a situação”, acrescentou o organismo, a meio da manhã. Pelas 12:15, o sistema ficou totalmente restabelecido.
A falha, inicialmente divulgada pela SIC Notícias, foi confirmada pela presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), Joana Bordalo de Sá, à Euronews.
A dirigente sindical disse ter conhecimento de falhas em várias unidades do norte, como as ULS de Gaia Espinho, Tâmega Sousa, Hospital de Santo António e IPO do Porto. Mas acreditava tratar-se de uma falha generalizada.
“Estamos completamente dependentes do sistema informático para aceder à informação clínica do doente. É lá que está tudo: exames, prescrições”, explica Joana Bordalo de Sá.
“Coloca em risco o trabalho dos médicos e a segurança dos doentes, é inaceitável”, disse ainda, aconselhando os médicos a pedir escusa de responsabilidade.
A dirigente diz que o apagão informático mostra a ausência de investimento nos sistemas informáticos do sistema nacional de saúde, responsabilizando diretamente a ministra da tutela, Ana Paula Martins, e o primeiro-ministro, Luís Montenegro.
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