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Pedro Sánchez incitou os manifestantes pró-Palestina a parar a Vuelta?

• Sep 18, 2025, 12:58 AM
5 min de lecture
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O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, está a ser criticado por políticos da oposição que afirmam que incitou os protestos que pararam a última etapa da Volta à Espanha.

No fim de semana passada, os ciclistas da competição foram interrompidos a 60 quilómetros da meta porque manifestantes pró-palestinianos derrubaram barreiras e ocuparam secções importantes do percurso no centro de Madrid, incluindo a Gran Vía, uma das ruas mais movimentadas da cidade.

A etapa acabou por ser cancelada por razões de segurança, tendo-se registado confrontos entre manifestantes e a polícia. Os confrontos deixaram 22 polícias feridos e duas pessoas detidas.

Apesar de o dinamarquês Jonas Vingegaard ter sido declarado vencedor, a tradicional cerimónia do pódio foi cancelada e os organizadores da corrida consideraram os distúrbios "absolutamente inaceitáveis".

Num evento organizado pelo Partido Socialista Espanhol (PSOE) na Andaluzia, o primeiro-ministro falou sobre a corrida e ciclismo e sobre o momento político mais alargado.

"Sabiam que hoje termina a Volta a Espanha?", disse Sánchez. "A Volta a Espanha, a nossa Vuelta, a nossa corrida de ciclismo. Expressemos o nosso absoluto reconhecimento e respeito pelos atletas, mas também a nossa admiração pelo povo espanhol que se mobiliza por causas justas, como a causa da Palestina".

"Sinto-me orgulhoso de um país que, apesar da diversidade, se une por uma causa justa como os direitos humanos. Viva o povo espanhol."

Os críticos e os políticos da oposição entenderam isto como um incitamento, fazendo mesmo declarações em que culpavam Sánchez pelos protestos e o apontavam-no como diretamente responsável.

Alberto Núñez Feijóo, líder do conservador Partido Popular (PP), afirmou: "O primeiro-ministro incentivou pela manhã um protesto que, há dias, já mostrava sinais de se tornar violento. Isso torna-o responsável pelos atos de violência que decorreram mais tarde".

Publicou ainda uma carta aberta acusando Sánchez de ter "permitido" e "induzido" a perturbação da corrida, acrescentando: "O primeiro-ministro está orgulhoso do comportamento de alguns que, para mostrar apoio a Gaza, atiraram barreiras à Polícia Nacional".

José Luis Martínez-Almeida, presidente da Câmara de Madrid e membro do PP, também culpou Sánchez: "Hoje, Madrid foi dominada pela violência, pela qual responsabilizo diretamente o chefe do governo, devido às suas declarações irresponsáveis desta manhã, incitando os manifestantes".

Entretanto, Isabel Díaz Ayuso, presidente da região de Madrid e também membro do PP, escreveu no X: "Quando o líder do país aplaude o boicote contra a Vuelta e elogia aqueles que estão a provocar o caos nas ruas, torna-se responsável por todos os confrontos que ocorrem".

A deputada também acusou Sánchez de colocar o oportunismo político acima da unidade nacional e da segurança pública e disse que as suas declarações "incentivam os radicais" a agir.

Na realidade, Sánchez não apelou a protestos, nem apoiou qualquer perturbação da Vuelta.

Os comentários do primeiro-ministro foram expressões de solidariedade para com os cidadãos que se mobilizam pacificamente em defesa dos direitos humanos e elogiou explicitamente os atletas que participam na corrida, sem mencionar o bloqueio de estradas ou a tomada de medidas contra o evento. De facto, os protestos já se vinham a desenhar há dias, com manifestações em etapas anteriores da Vuelta e uma presença policial visível que antecipava a agitação.

Do outro lado do espetro, a esquerda espanhola também não gostou do discurso de Sánchez. Acusaram-no de hipocrisia ao elogiar os manifestantes no discurso e ao permitir que a polícia os reprimisse mais tarde.

Gabriel Rufián, do partido catalão ERC, disse que Sánchez "enviou a polícia para reprimir os mesmos manifestantes que tinha aplaudido".

Ione Belarra, do Podemos, acrescentou que se Sánchez realmente admirava as manifestações, deveria ter "retirado a operação policial maciça" enviada para Madrid. Para a esquerda, Sánchez não incentivou os protestos e também não os apoiou quando foi preciso.


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