Trump diz que "ajudaria" a defender Polónia e países bálticos em caso de escalada russa

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou no domingo que ajudaria a defender a Polónia e os países bálticos se a Rússia continuasse a intensificar a presença militar.

Respondendo a uma pergunta de um jornalista da agência de notícias italiana Ansa sobre se os EUA iriam ajudar os seus aliados da NATO na fronteira com a Rússia, Trump disse: "Sim, eu ajudaria. Eu ajudaria".

A resposta de Trump, antes de participar no funeral do influenciador conservador Charlie Kirk no Arizona, surge num momento de crescente pressão da NATO em relação ao aumento dos níveis de escalada russa na Europa.

Vários países, incluindo a Lituânia, a Estónia e a Chéquia instaram a NATO a implementar uma resposta mais forte às provocações russas, incluindo o abate de jatos russos que violam as fronteiras da aliança.

As reações surgiram depois de a Rússia ter violado o espaço aéreo da NATO na Estónia durante 12 minutos na sexta-feira, levando o país a invocar o Artigo 4.º da NATO e a convocar uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. No início de setembro, um total de 19 drones terão violado o espaço aéreo polaco, levando Varsóvia a tomar medidas.

"O que aconteceu nos últimos dias na Polónia e na Estónia, e o que vem acontecendo na Ucrânia há quatro anos, preocupa-nos a todos. Se não nos mantivermos unidos, mais cedo ou mais tarde isso também nos acontecerá", afirmou o presidente checo Petr Pavel, defendendo uma resposta "adequada" que poderá incluir o abate de aviões de guerra.

A ministra da Defesa da Lituânia, Dovile Šakaliene, também sugeriu que os drones russos fossem abatidos numa publicação no X.

"Três caças russos sobre Tallinn são mais uma prova concreta de que a 'Sentinela de Leste' já devia ter sido implementada há muito tempo. A fronteira da NATO no nordeste está a ser testada por uma razão. Temos de mostrar que estamos a falar a sério. PS: A Turquia deu o exemplo há 10 anos. Algo em que pensar», escreveu Šakaliene.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Polónia, Radosław Sikorski, também apelou a reações mais urgentes da NATO no domingo, em resposta à mais recente violação do espaço aéreo da Estónia.

"A NATO deve reagir de forma muito firme e inequívoca às provocações da Rússia", afirmou Sikorski no domingo, em Boguchwała, na região de Podkarpacie.

Em resposta às mais recentes violações do seu espaço aéreo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Estónia anunciou que "a 22 de setembro... o Conselho de Segurança das Nações Unidas convocará uma reunião de emergência em resposta à violação descarada do espaço aéreo da Estónia pela Rússia na sexta-feira passada".