Manifestantes em Paris exigem o fim dos ataques israelitas ao Líbano
Centenas de manifestantes saíram às ruas de Paris, no domingo, para apelar ao fim dos ataques aéreos israelitas no Líbano.
"O nosso único objetivo é mostrar a unidade do povo libanês", disse Hassan Daher, porta-voz dos grupos que organizam o protesto. "Queremos passar uma imagem que mostre todos os libaneses, de todo o Líbano, de diferentes correntes políticas, a apoiar o Líbano, os refugiados, as vítimas, e a defender o nosso país".
França tem sido um dos principais apoiantes de Israel defendendo, há anos, o seu direito à autodefesa.
Um relatório de exportação de armas apresentado ao Parlamento francês pelo Ministério da Defesa em julho de 2023 mostrou que o país emitiu 767 licenças de exportação para Israel desde 2015 e, em média, vende 20 milhões de euros de equipamento militar a Israel todos os anos.
Em abril, 11 organizações não-governamentais em Paris, incluindo a Amnistia Internacional, apresentaram um processo judicial para impedir as vendas de armas a Israel, argumentando que os civis em Gaza foram visados.
O tribunal rejeitou esse pedido em maio.
O grupo militante libanês Hezbollah confirmou entretanto a morte de Nabil Kaouk, vice-chefe do Conselho Central, no sábado, tornando-o o sétimo dirigente do Hezbollah assassinado por ataques israelitas em pouco mais de uma semana.
O anúncio foi feito depois de o líder do grupo, Hassan Nasrallah, ter sido morto num ataque a um subúrbio do sul de Beirute, na sexta-feira à noite.
Israel e o Hezbollah têm feito ataques quase diariamente desde o início da guerra em Gaza, em outubro, deslocando dezenas de milhares de pessoas de ambos os lados da fronteira.
Israel intensificou os seus ataques aéreos contra o Líbano, tendo sido mortas mais de 700 pessoas só na última semana.
No sábado, Israel deslocou tropas para perto da fronteira norte do país, aumentando os receios de uma iminente ofensiva terrestre no Líbano.
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