NATO mostra poderio militar em exercício na Letónia
A Brigada Multinacional da NATO, liderada pelo Canadá, termina, esta quinta-feira, um exercício militar na Letónia. A operação Resolute Warrior envolveu um total de 3.500 militares. Metade vem do Canadá e os restantes de outros de 12 países aliados (Albânia, República Checa, Dinamarca, Islândia, Itália, Letónia, Montenegro, Macedónia do Norte, Polónia, Eslováquia, Eslovénia e Espanha).
O objetivo foi melhorar a coordenação e as capacidades de combate das forças aliadas da NATO face a possíveis ameaças. A operação também mostra o compromisso da NATO em defender a região do Báltico.
A NATO comprometeu-se em reforçar a presença militar no Báltico, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia. A Letónia partilha uma fronteira de quase 300 quilómetros com a Rússia.
A NATO pode enfrentar agora ainda mais adversidades, com a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos. Mas o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, acredita que Trump vai continuar a investir na aliança militar.
"Portanto, a Rússia, a China, a Coreia do Norte e o Irão trabalham em conjunto. Os EUA compreendem isto, que a NATO está lá não só para defender a Europa e os EUA, mas também para trabalhar em conjunto para garantir que o Indo-Pacífico e o transatlântico se mantêm seguros”, disse Rutte, durante uma conferência de imprensa com o presidente da Letónia, Edgars Rinkēvičs, na base militar de Ādaži.
Treino em condições adversas
A operação Resolute Warrior da NATO centrou-se em romper as defesas inimigas e capturar território. Num dos exercícios, tanques Leopard 2 lideraram um ataque contra o fogo de artilharia.
Os soldados também tiveram de reagir rapidamente ao aparecimento de drones inimigos, demonstrando a capacidade de operar sob pressão em ambientes de combate modernos.
Além, disso, durante várias horas de treino, as tropas enfrentaram um terrenos com condições adversas - com areia e lama - e permaneceram em diversas posições durante muitas horas à espera de ordens.
O comandante da brigada canadiana, o coronel Cédric Aspirault, diz que este exercício foi uma oportunidade crucial para melhorar a coordenação do comando, controlo e comunicação.
"Conseguimos falar com todos, tendo 13 países neste exercício. Estava a certificar-me de que a brigada canadiana se estava a adaptar à forma como fazemos as coisas”, explicou o coronel Cédric Aspirault.
O Resolute Warrior é o maior exercício militar liderado pelo Canadá desde os anos 80. Teve início no dia 1 de novembro.
Yesterday