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Kaja Kallas defende que acordo de paz deve limitar o exército russo e não o ucraniano

• Nov 26, 2025, 6:25 PM
6 min de lecture
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Qualquer acordo de paz que ponha fim à guerra da Rússia contra a Ucrânia deve impor obrigações ao agressor, e não à vítima, para evitar que a invasão se repita no futuro, afirmou a Alta Representante, Kaja Kallas, num momento em que prossegue a caótica tentativa de acordo liderada pelos EUA.

O rascunho original de 28 pontos do acordo proposto, redigido por funcionários americanos e russos, continha disposições abrangentes que favoreciam claramente Moscovo, entre as quais a exigência de que a Ucrânia renunciasse às suas ambições na NATO, entregasse o território que ainda controla e limitasse a dimensão das suas forças armadas a 600.000 efetivos.

Mas, para Kallas, a abordagem deveria ser a oposta.

"Se queremos evitar que esta guerra continue, então devemos limitar o exército da Rússia e também o seu orçamento militar", disse na quarta-feira, após uma reunião especial dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia. "Se gastamos cerca de 40% (do orçamento) com as forças armadas, vamos querer voltar a utilizá-las e isso é uma ameaça para todos nós".

"A atenção deve centrar-se no tipo de concessões (e) limitações que vemos do lado russo, para que não vá mais longe e não tenham a oportunidade de invadir novamente".

Desde a divulgação do controverso projeto de plano dos EUA na semana passada, os europeus cerraram fileiras para ajudar Kiev a aperfeiçoar o conteúdo e garantir condições mais favoráveis.

Após conversações de alto nível em Genebra, no domingo, a Ucrânia e os EUA chegaram a um texto modificado, que ainda não foi divulgado na íntegra, mas que já encontrou resistência por parte da Rússia. As questões mais sensíveis foram deixadas em aberto enquanto se aguarda uma reunião presencial entre os presidentes Volodymyr Zelenskyy e Donald Trump.

Os governos europeus e a UE insistem que qualquer acordo de paz deve permitir à Ucrânia organizar livremente as suas forças armadas, atualmente estimadas entre 800 mil e 850 mil homens.

"Sempre dissemos que é um direito soberano de cada país decidir o tamanho das suas forças armadas e é por isso que não devemos cair na armadilha que a Rússia está a criar ao falar em limitar o exército ucraniano", disse Kallas.

Kallas argumentou que a Rússia está a recorrer à diplomacia simplesmente porque "Putin não consegue atingir os seus objectivos no campo de batalha".

Não há indícios de boa vontade por parte da Rússia

"Não vemos qualquer indicação de que a Rússia esteja pronta para um cessar-fogo. A Rússia não está a reduzir a sua máquina militar, mas sim a aumentá-la. Ainda temos de passar de uma situação em que a Rússia finge negociar para uma situação em que tem de negociar", afirmou Kallas.

Vários ministros dos Negócios Estrangeiros europeus sublinharam a necessidade de apertar os parafusos a Moscovo até que a Rússia demonstre um empenhamento genuíno e credível no processo de paz.

Só uma estratégia de "paz através da força", exercendo a máxima pressão económica, militar e política sobre a Rússia, pode travar o agressor", afirmou Baiba Braže, da Letónia.

"Só podemos representar fortemente os nossos interesses europeus se formos capazes de falar a uma só voz e apresentar o nosso próprio plano", disse Beate Meinl-Reisinger, da Áustria.

A reunião virtual de quarta-feira faz parte de um esforço diplomático dos europeus para reafirmarem a sua voz na cadeia de acontecimentos em rápida evolução. Os líderes da UE realizaram uma cimeira informal na segunda-feira e a "Coligação da Boa Vontade" reuniu-se onlinena terça-feira.

O presidente francês Emmanuel Macron, que copreside a coligação, apelou a um exército ucraniano "forte" e sem "limitações". Macron também reiterou a ideia de colocar uma força multinacional em solo ucraniano após o fim da guerra.

"A Ucrânia tem tido a sua quota-parte de promessas que foram quebradas pelas sucessivas agressões russas e são necessárias garantias reais e sólidas", afirmou.

Kallas afirmou que a UE irá dar "contributos importantes" para as garantias de segurança, fornecendo financiamento, formação e apoio à indústria de defesa. Mas acrescentou que estas garantias "não alteram o facto de a ameaça ser a Rússia".

"A Rússia é a principal ameaça à segurança europeia", acrescentou. "Se a agressão compensar, servirá como um convite para recorrer à agressão novamente e noutros locais. E essa é a ameaça para toda a gente no mundo, especialmente para os países pequenos", afirmou.

"E na Europa, como disse Paul-Henri Spaak, existem apenas dois tipos de países: os países pequenos e aqueles que ainda não se aperceberam que são países pequenos".


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