Tribunal de Contas acusa o Museu do Louvre de privilegiar as aquisições em detrimento da segurança
Na quinta-feira, o Tribunal de Contas publicou um relatório sobre a política seguida pelos sucessivos diretores do Louvre entre 2018 e 2024.
O relatório não menciona o assalto de 19 de outubro, uma vez que foi redigido antes do acontecimento. Mas aponta a preferência do museu por investir em aquisições e não na segurança da instituição.
Entre os investimentos destacados está o projeto faraónico "Nova Renascença", avaliado em mais de mil milhões de euros. O projeto visa a criação de uma entrada suplementar para o museu e a escavação de novas salas para acolher a Mona Lisa.
No domínio da segurança, o plano diretor de segurança contra incêndios ainda não foi concluído, mais de 20 anos após a sua implementação. E a instalação de câmaras nas salas avança a um ritmo lento: 64% da ala Denon, a mais movimentada do museu e a que alberga a Mona Lisa, estava equipada com câmaras em 2024, contra 51% cinco anos antes.
Há vários anos que os sindicatos CFDT e SUD têm vindo a assinalar que o Louvre regista um atraso considerável nos seus investimentos em manutenção e modernização.
Mas os sucessivos presidentes, Jean-Luc Martinez (de 2013 a 2021) e Laurence des Cars (desde 2021), teriam preferido investir em projectos atrativos para os mecenas e os meios de comunicação social.