Rebeldes Houthi do Iémen reivindicam ataque contra porta-aviões dos EUA

Os Houthis anunciaram que lançaram 18 mísseis balísticos e de cruzeiro, juntamente com um drone, tendo como alvo o porta-aviões norte-americano USS Harry S. Truman e os navios de guerra que o acompanham, no norte do Mar Vermelho, no domingo.
O porta-voz militar dos Houthi, o brigadeiro-general Yahya Saree, declarou que o ataque foi uma resposta aos mais de 47 ataques aéreos dos EUA em áreas controladas pelos rebeldes no Iémen, incluindo a capital, Saná, e a província de Sadá.
“As Forças Armadas iemenitas não hesitarão em atingir todos os navios de guerra americanos no Mar Vermelho e no Mar Arábico em retaliação pela agressão contra o nosso país”, declarou Saree.
O ataque norte-americano fez 53 mortes, incluindo mulheres e crianças, segundo informaram os rebeldes no seu último balanço. Contam-se, pelo menos, 98 feridos.
Tanto os Estados Unidos como os Houthis alertaram para a possibilidade de uma nova escalada após os ataques aéreos norte-americanos, que tinham como objetivo dissuadir os rebeldes de atacar navios militares e comerciais numa das rotas marítimas mais movimentadas do mundo.
Os Houthis atacaram repetidamente navios internacionais no Mar Vermelho, afundando duas embarcações, alegando que as suas ações eram em solidariedade com os palestinianos em Gaza, no meio da guerra de Israel contra o Hamas, outro grupo apoiado pelo Irão.
Estes ataques terminaram quando o cessar-fogo entre Israel e o Hamas entrou em vigor em janeiro, um dia antes da tomada de posse de Trump.
No entanto, na semana passada, os Houthis anunciaram que voltariam a atacar os navios israelitas depois de Israel ter cortado a ajuda humanitária a Gaza.
Até este domingo, não tinha havido registo de ataques Houthi desde o cessar-fogo.
No sábado, o presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu usar “força letal esmagadora” até que os Houthis cessassem os seus ataques e avisou que Teerão seria considerado “totalmente responsável” pelas suas ações.
No entanto, no domingo, o Irão negou qualquer envolvimento na ajuda aos Houthis para levar a cabo o ataque. O general Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária paramilitar do Irão, disse na televisão estatal que o Irão “não desempenha qualquer papel na definição das políticas nacionais ou operacionais” dos grupos militantes a que está aliado em toda a região.
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