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Portugal cumpre dia de Luto Nacional em memória das vítimas dos incêndios

• Sep 20, 2024, 7:46 AM
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Mais de 2400 operacionais estão mobilizados numa altura em que ainda lavram dois incêndios em Castro Daire. Estas são as ocorrências que empenham mais meios no local. Mais de 700 operacionais combatiam o fogo em Soutelo, e 86 foram mobilizados para Moção. O restante dispositivo mantém-se no controlo e vigilância das ocorrências em fase de resolução.

Os grandes incêndios no distrito de Aveiro estão dados como totalmente dominados. Os meios aéreos disponibilizados pela União Europeia começam a desmobilizar esta sexta-feira.

As condições meteorológicas ajudaram os bombeiros no combate às chamas, com a situação nesta altura a apresentar-se bem mais calma em relação aos últimos dias.

Esta sexta-feira, cumpre-se um dia de Luto Nacional decretado pelo Governo em memória das vítimas dos incêndios que atingiram, principalmente, o norte e centro do país. Contam-se cinco vítimas mortais, segundo números oficiais, e 161 feridos, 12 deles graves. A Proteção Civil regista cinco mortos, excluindo dois civis que morreram de doença súbita.

O funeral dos três bombeiros de Vila Nova de Oliveirinha em Tábua acontece no sábado.

De acordo com o sistema europeu Copernicus, a área ardida em Portugal continental é superior a 121 mil hectares. No norte e no centro, arderam mais de 100 mil hectares, o que corresponde a 83 por cento de toda a área ardida.

Quatro distritos sob aviso amarelo devido à chuva

Quatro distritos de Portugal continental estão hoje (até às 15:00) em alerta amarelo devido à possibilidade de ocorrência de chuva forte e trovoadas.

O IPMA alerta ainda par ao risco associado a potenciais deslizamentos de terras nos locais onde houve incêndios recentemente.

"Esta sucessão de eventos, com a ocorrência de precipitação forte, nos próximos dias, em regiões que ficaram vulneráveis após os incêndios recentes, com a consequente perda de coberto vegetal, aumentam o risco associado a potenciais escorrências", avisou o IPMA, em comunicado.

“As boas práticas aconselham a que não haja intervenções desnecessárias”

Cinco dias depois, a ministra da Administração Interna falou sobre os incêndios, informando que haverá um relatório sobre a situação e só após a sua realização admite discutir o tema e as eventuais falhas ou erros no combate aos fogos.

“Ainda temos fogos neste momento, portanto, no final quando estivermos a fazer o rescaldo, quando se fizer o ponto da situação, faremos o relatório e, como sempre, apreenderemos e iremos e estaremos à vossa disposição para esclarecer se houve ou não houve falhas, se tudo correu bem, mas isso tem também o seu tempo", declarou Margarida Blasco.

A ministra da Administração Interna justificou ainda o silêncio dos últimos dias, afirmando que seguiu os conselhos das autoridades para "que não haja intervenções desadequadas e desnecessárias no teatro de operações".

"As boas práticas aconselham a que não haja intervenções desnecessárias no terreno de operações, nem intervenções e presenças desadequadas, quer no teatro de operações, quer no contexto comunicacional, por ser o tempo de informar sobre os pontos de situação, de prestação de esclarecimentos e recomendações, oportunos e necessários, às populações", reforçou.