Explosões em Doha: exército israelita anuncia operação contra dirigentes do Hamas

Israel anunciou a realização de um ataque contra líderes do Hamas. Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel confirmaram que foi realizado "um ataque preciso" contra líderes séniores do grupo terrorista.
Além disso, os militares israelitas informaram também que foram "medidas para mitigar os danos aos civis, incluindo o uso de munições precisas e inteligência adicional".
As forças israelitas não indicaram o local dos ataques.
A ofensiva terá atingido edifícios residenciais onde moravam vários membros grupo em Doha, segundo o Ministério das Relações Exteriores do Qatar.
Testemunhas oculares relataram ter visto fumo a subir sobre o distrito de Katara, no norte da cidade.
No comunicado das forças israelitas, os alvos visados "lideraram as operações da organização terrorista, são diretamente responsáveis pelo brutal massacre de 7 de outubro e têm orquestrado e gerenciado a guerra contra o Estado de Israel".
O Hamas confirmou a morte de seis pessoas, mas garantiu que os líderes do grupo, presentes na equipa de negociações, escaparam. O grupo militante informou que entre os mortos estava o filho do principal negociador do grupo, Khalil al-Hayya. A sexta vítima mortal, segundo informou o grupo, era um membro das forças de segurança interna do Catar, o cabo Badr Saad Mohammed Al-Humaidi.
O ataque marca a segunda vez que a nação rica em energia é diretamente atacada nos quase dois anos de guerra que assolam o Médio Oriente desde o ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023.
As autoridades do país condenaram o sucedido, afirmando que este "ataque criminoso constitui uma violação flagrante de todas as leis e normas internacionais e representa uma séria ameaça à segurança e proteção dos catarenses e residentes no Qatar.
O ministro das Finanças de extrema-direita de Israel, Bezalel Smotrich, afirma que o ataque a Doha mostra que "os terroristas não têm e não terão imunidade" em nenhum lugar do mundo e que esta foi a "decisão cerca".
Netanyahu diz que guerra pode acabar "imediatamente" se Hamas aceitar proposta de Trump
Numa comunicação ao país, o primeiro-ministro israelita confirmou que autorizou "ataque cirúrgico e preciso contra o Hamas" logo após o grupo militante ter assumido "orgulhosamente a responsabilidade" pelo tiroteio em Jerusalém que ontem matou seis pessoas.
"Ao meio-dia, convoquei os chefes das organizações de segurança israelitas e autorizei um ataque cirúrgico e preciso contra os líderes terroristas do Hamas", afirmou o líder israelitas.
Netanyahu assumiu total responsabilidade pela realização do ataque, que foi comunicado aos Estados Unidos.
O primeiro-ministro istaelita disse que ainda que o conflito na Faixa de Gaza pode "terminar imediatamente", caso o Hamas aceite a proposta de cessar-fogo de Donald Trump.
"Defendam os vossos direitos e o vosso futuro. Façam as pazes connosco e aceitem a proposta do presidente Trump", afirmou o primeiro-ministro israelita numa mensagem dirigida aos civis em Gaza.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse no domingo que estava a dar o seu "último aviso" ao Hamas sobre um possível cessar-fogo, enquanto autoridades árabes descreviam uma nova proposta dos EUA.
Um alto funcionário do Hamas apelidou a proposta de "documento de rendição humilhante", mas o grupo militante disse que discutiria a proposta e responderia em poucos dias.
A proposta, apresentada pelo enviado de Trump para o Médio Oriente, Steve Witkoff, apela ao fim negociado da guerra e à retirada das forças israelitas de Gaza, assim que os reféns forem libertados e for estabelecido um cessar-fogo, de acordo com autoridades egípcias e do Hamas familiarizadas com as negociações, que falaram à Associated Press sob condição de anonimato para discutir as discussões à porta fechada.
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