Quão doce é o mercado de mel da UE?

A produção europeia de mel recuperou em 2022 para 280.000 toneladas, após uma queda de quatro anos consecutivos devido à pandemia de COVID-19, doenças das abelhas, uso de pesticidas e alterações climáticas, segundo a organização governamental neerlandesa, CBI.

Os maiores produtores de mel da União Europeia (UE) em 2022 foram a Roménia, Espanha, Hungria, Alemanha, Itália, Grécia, França e Polónia, de acordo com os dados da CBI.

A produção europeia de mel tem oscilado consideravelmente nos últimos anos. No geral, a produção de mel apresentou uma tendência negativa, caindo de 274.600 toneladas em 2018 para 228.300 toneladas em 2021, antes de aumentar novamente em 2022.

A queda na produção europeia observada na maior parte do período 2018-2022 é principalmente atribuída ao impacto negativo da pandemia de COVID-19 e à diminuição das abelhas.

Este último fator resulta principalmente de doenças das abelhas, uso intensivo de produtos químicos e aplicação de pesticidas na agricultura, bem como de outras causas ambientais como as alterações climáticas.

O clima económico, marcado pela inflação geral e uma crise energética, também ameaçou a viabilidade da apicultura.

Especialistas atribuíram o crescimento em 2022 a uma boa temporada de produção no norte da Europa, graças à floração e produção de néctar, bem como ao clima favorável com poucas chuvas.

Os apicultores europeus estão a passar por um período muito crítico, sendo difícil prever a produção futura, afirmam analistas do mercado de mel da UE.

Juntamente com a China e os Estados Unidos (EUA), a Europa é também o maior consumidor global de mel, representando cerca de 20% do consumo mundial total.

Relata-se que os europeus consomem mel todas as semanas — em países como a Eslovénia e a Grécia, o mel é consumido diariamente.

Em 2022, as importações europeias de mel atingiram 363.000 toneladas e foram avaliadas em mais de 1.240 milhões de euros.

Segundo as estatísticas da agência alimentar da ONU (FAO), 10 dos 20 maiores países importadores do mundo são da UE: Alemanha, Polónia, Bélgica, Espanha, França, Itália, Países Baixos, Portugal, Grécia e Áustria.