Que países da UE registam maior escassez de trabalhadores no setor da saúde?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que, até 2030, a União Europeia venha a registar uma escassez de 4,1 milhões de profissionais de saúde.
Fatores como os baixos salários e as más condições de trabalho são frequentemente citados como razões para o desfasamento entre a oferta e a procura.
De acordo com um estudo da Eurofound, a saúde e os cuidados sociais são um dos setores da UE com a escassez estrutural de mão de obra mais evidente.
Em 2023, existiam cerca de 3,7 milhões de enfermeiros e 172 000 parteiras em exercício na UE, segundo os últimos dados do Eurostat.
Entre os países da UE, a Alemanha registou o maior número absoluto de enfermeiros e parteiras empregados em hospitais (559 000). França (386 163) e Itália (286 051) foram os únicos outros países da UE a registar mais de 200 000 enfermeiros e parteiras em hospitais em 2023.
No entanto, a Irlanda registava o maior número de enfermeiros per capita da UE, com 1 366 enfermeiros em exercício por 100 000 habitantes.
Segue-se a Finlândia, com 1 267 enfermeiros por 100 000 habitantes, e a Alemanha, com 1 225 enfermeiros por 100 000 habitantes.
Em contrapartida, a Roménia registou o rácio mais baixo, com apenas 100 enfermeiros por 100 000 habitantes.
Seguem-se a Croácia, com 252 enfermeiros por 100 000 habitantes, e a Grécia, com 219 enfermeiros por 100 000 habitantes.
Qual a idade dos profissionais de saúde?
A Lituânia e a Letónia foram os únicos países da UE onde a percentagem de enfermeiros com 55 anos ou mais era superior a 40%.
Além disso, em 15 dos 24 países da UE, mais de 30% dos médicos no ativo também têm 55 anos ou mais.
Em seis países da UE, a percentagem de enfermeiros mais velhos é inferior a 20%, sendo a Roménia o país com a percentagem mais baixa, com 11,8%.
Por outro lado, as percentagens mais elevadas de enfermeiros mais jovens, com menos de 35 anos, foram registadas na Croácia (36,4%), nos Países Baixos (35,8%), em Malta (35,5%) e em Espanha (34,0%).
Em todos os países da UE, mais de 70% dos enfermeiros são mulheres, sendo que nove dos 21 Estados-membros referem que mais de 90% dos seus enfermeiros são do sexo feminino.
A Letónia apresenta a percentagem mais elevada: aqui, 99,5% dos enfermeiros são do sexo feminino.
As percentagens mais elevadas de enfermeiros do sexo masculino encontram-se em Malta e Itália, com 28,2% e 23,8%, respetivamente.
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