As capitais europeias aguardam o resultado das eleições nos EUA com esperanças e receios

Em antecipação às eleições americanas de 5 de novembro, os correspondentes da Euronews nas principais capitais europeias partilham o que têm ouvido sobre a opinião pública.

George Dimitropoulos, Euronews Atenas: Uma sondagem recente realizada na Grécia revelou que 46% dos cidadãos gregos acreditam que a primeira mulher vice-presidente dos EUA será também a primeira mulher presidente, enquanto apenas 32% dos cidadãos acreditam que Donald Trump regressará à Casa Branca.

Quanto aos interesses nacionais gregos, 30% dos gregos acreditam que Kamala Harris está mais próxima das suas prioridades - e apenas 10% acreditam que Donald Trump será melhor para o seu país.

Liv Stroud, Euronews Berlim: Para a Alemanha, muito está em jogo nestas eleições. As sondagens mostram que dois terços dos alemães preferem que Harris seja a próxima presidente dos EUA, com apenas 12% a preferir uma vitória de Trump.

Independentemente do resultado, é provável que os EUA olhem cada vez mais para os seus próprios problemas, o que poderá ter consequências graves para a NATO.

Adam Magyar, Euronews Budapeste: O Governo húngaro transformou as eleições presidenciais americanas numa questão de política interna. Até o anúncio do orçamento para o próximo ano foi adiado com o argumento de que, se Trump ganhar, haverá paz na Ucrânia e a paz requer um orçamento diferente do da guerra.

Viktor Orbán foi um dos primeiros líderes estrangeiros a apoiar Trump em 2016 e tem-se mantido fiel a ele desde então. As sondagens mostram que os seus eleitores estão de acordo, com 75% deles a querer que Trump ganhe e apenas 1% a apoiar Harris.

Dos partidos da oposição, no entanto, apenas os eleitores do partido de extrema-direita Our Country Party parecem estar a apoiar Trump.

Joana Mourão Carvalho, Euronews Lisboa: Se os portugueses fossem a votos, Kamala Harris seria eleita presidente - e não seria uma corrida renhida.

Um estudo da Intercampus revela que 70% votariam na candidata democrata. De acordo com o inquérito, os portugueses acreditam maioritariamente que Harris é a provável vencedora; apenas 28% disseram estar convencidos de que Donald Trump vai ganhar.

Quanto ao impacto do resultado, cerca de 65% acreditam que a escolha irá influenciar a economia, o progresso social e a gestão dos conflitos armados em Portugal.

Chrstina Thykjaer, Euronews Madrid: Um relatório recente do Instituto Franklin da Universidade de Alcalá revela que 75% dos espanhóis acreditam que uma vitória de Harris seria melhor para Espanha do que o regresso de Trump.

Seis em cada dez espanhóis pensam que o candidato democrata tem mais hipóteses de ganhar. Enquanto o governo socialista anunciou abertamente o seu apoio a Kamala Harris, o Partido Popular, no poder, decidiu não tomar uma posição oficial antes das eleições.

Sophia Khatsenkova, Euronews Paris: As eleições norte-americanas estão a atrair um grande interesse público em França. De acordo com uma sondagem do YouGov, um em cada dois franceses afirma estar a seguir a campanha presidencial há várias semanas.

Mais de metade são homens e vivem em Paris. 55% dos inquiridos querem a vitória de Kamala Harris, enquanto apenas 1 em cada 5 franceses votaria em Trump.

Por último, 1 em cada 3 pessoas pensa que Kamala Harris é a melhor candidata para encontrar soluções para as crises globais na Ucrânia e no Médio Oriente. Apenas 22% pensam que Trump seria o melhor candidato para a política externa.

Giorgia Orlandi, Euronews Roma: Os italianos estão a acompanhar atentamente estas eleições, sentindo que há muita coisa em jogo. Estas eleições não vão apenas moldar o futuro dos EUA; desde as guerras na Ucrânia e no Médio Oriente até à força da China, vão também ter impacto na ordem global e, certamente, na Europa.

De acordo com uma sondagem recente publicada em Itália pela YouTrend, a maioria dos italianos escolheria Kamala Harris como nova presidente, com 78% a apoiá-la e apenas 22% a apoiar Donald Trump.

Estes resultados reflectem o que a maioria das pessoas nos disse nas ruas da capital italiana.