Tempestade em Espanha: equipas de resgate procuram desaparecidos em garagens e parques subterrâneos
Mais quatro mil soldados de Madrid e de outras partes de Espanha chegaram às zonas afetadas pelas inundações para apoiar as equipas de salvamento na busca de pessoas desaparecidas, enquanto drenam a água e a lama dos parques de estacionamento subterrâneos.
“Algumas pessoas viram gente entrar, mas depois não saíram. É uma simples especulação. Até agora, são apenas rumores. Enquanto não conseguirmos ver o que está lá dentro, não saberemos exatamente o que aconteceu. A água veio com tal violência que arrastou tudo o que estava lá dentro, para o segundo andar de baixo”, afirmou José Maria González, bombeiro da região autónoma de Madrid.
Até agora foram recuperados 217 corpos, na sua maioria na província de Valência, na sequência das cheias semelhantes a um tsunami que varreram a região, o que faz desta uma das catástrofes naturais mais mortíferas de que há memória no país.
Extensos grupos de voluntários ignoraram as restrições de movimento decretadas pelo governo regional valenciano e continuam os esforços de limpeza, munidos de baldes, pás e vassouras.
Com a previsão de mais chuvas fortes para a região, foi enviado um aviso à população no sentido de que permaneça em casa e fora das estradas.
A atuação governo está a ser alvo de escrutínio, com a população a queixar-se de que houve demora na comunicação sobre a gravidade das inundações.
Sem tempo para reagir, muitas pessoas já se encontravam na estrada, a trabalhar ou em garagens subterrâneas quando as chuvadas se abateram sobre o leste e sul de Espanha.
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