Portugal apoia empréstimo de reparação à Ucrânia com ativos russos
É um dos temas quentes no seio da União Europeia, mas Portugal diz estar confiante numa solução. Em Bruxelas, o ministro das Finanças português informou que o país está a favor de um empréstimo de reparação à Ucrânia baseado nos ativos russos congelados na União Europeia, acreditando que o bloco será capaz de votar a favor da medida já na próxima semana.
"Estou confiante que a solução dos ativos russos será possível, até porque ela não exige a unanimidade dos 27", informou Joaquim Miranda Sarmento.
Um dos países mais relutantes perante esta solução é a Bélgica, que detém mais de de 130 mil milhões de euros em ativos imobilizados. Apesar de apoiar a medida, o Governo português percebe as dúvidas vindas do país europeu.
“Nós apoiamos a proposta da Comissão do empréstimo com base em reparações de guerra que a Rússia venha a pagar à Ucrânia quando a guerra terminar, [mas] também compreendemos as preocupações da Bélgica [porque] há riscos jurídicos, económicos, de liquidez, de solvabilidade e do crédito da própria instituição e do país” explicou o ministro aos jornalistas no final da reunião dos ministros das Finanças da UE.
A Bélgica exige garantias e compromissos claros dos outros Estados-membros para se proteger juridicamente.
O Banco Central russo lançou mesmo uma ação judicial contra a Euroclear, a instituição que detém estes ativos em Bruxelas, uma medida considerada "especulativa" e infundada pela União Europeia que trabalha arduamente para encontrar uma solução de financiamento para a Ucrânia, materializada no possível empréstimo de reparação discutido entre os 27 Estados-membros.
A UE está a procurar formas de manter o financiamento da Ucrânia estável até 2026, à medida que os custos associados à guerra aumentam sem o apoio dos EUA.
António Costa disse na passada terça-feira que que os líderes europeus estavam "muito perto" de um acordo nesta matéria.
Ao mesmo tempo que discutem as opções de financiamento prersistem também esforços diplomáticos para alcançar a paz Ucrânia, com a Europa a tentar fortalecer a posição ucraniana no seio das negociações pressionadas pela admnistração norte-americana de Donald Trump.
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