Frebre aftosa: resíduos da decomposição de animais ficam expostos e geram preocupação

Fluidos corporais resultantes da decomposição de animais expostos à febre aftosa estão a borbulhar à superficie do solo num campo perto de Hegyeshalom, onde mais de três mil bovinos abatidos na sequência da epidemia foram enterrados.
Foram obtidas novas imagens do fenómeno através de um drone de uma fonte anónima, mas também surgiram vídeos nas redes sociais no domingo, que foram partilhados por milhares de pessoas num curto espaço de tempo.
O vídeo mais partilhado foi carregado no Facebook por László Nyul. O homem vive em Csemeztanya, a algumas centenas de metros do local onde os animais foram enterrados, com a mulher e os filhos e dá conta do cheiro nauseabundo emanado do local.
"Estamos assustados, as crianças estão assustadas. Investimos todo o nosso dinheiro nesta casa, é a casa dos meus pais, onde os meus pais viviam quando éramos pequenos. Queríamos sair da cidade, queríamos vir para aqui, para um sítio de paz e sossego. Mas estão a impossibilitar-nos completamente de ficar aqui", diz Laszlo, que foi levado pela polícia para ser interrogado por causa de um vídeo que disse não ter gravado da zona vedada.
Enterro dos animais gera preocupação entre os locais
O homem, que foi rapidamente libertado, foi professor do Ministro da Agricultura, István Nagy, quando este ainda andava no liceu.
O homem, que foi rapidamente libertado, foi aluno do Ministro da Agricultura, quando este ainda era professor.
László está agora a pedir a sua ajuda, uma vez que os habitantes estão preocupados com o facto de os resíduos e cadáveres dos animais poderem contaminar os poços da quinta.
László gostaria que o ministro garantisse ajuda aos residentes, se estes sofrerem algum dano devido à enorme vale comum, costruída para enterrar os animais doentes que foram abatidos.
Mas não são apenas os habitantes das imediações que estão preocupados. Em Hegyeshalm, a cidade mais próxima do local, realizou-se uma reunião de emergência no gabinete do presidente da câmara, no domingo, por causa de vídeos publicados nas redes sociais. O presidente da câmara, László Szőke, apelou às autoridades e espera que a situação atual seja apenas temporária.
"Penso que o trabalho ainda não terminou aqui. Mas foi feito um vídeo que mostra que, de facto, o enterro não está totalmente concluído", disse o presidente da câmara à Euronews, acrescentando que não é especialista em questões de saúde animal, mas que informar o público é importante para ele.
Uma empresa de segurança está agora a vigiar a área em redor do local e todos os carros que passam estão a ser desviados.
Em resposta aos vídeos, o Ministério da Agricultura húngaro emitiu uma declaração. De acordo com Szabolcs Pásztor, veterinário-chefe nacional, tudo está a ser feito de acordo com os regulamentos, e o fenómeno de decomposição visto nas imagens é inevitável devido ao grande número de animais mortos. Segundo Pásztor, a fossa só será coberta definitivamente dentro de alguns dias.
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