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Macron diz que o acordo comercial entre a UE e os EUA ainda não está concluído e apela a mais negociações

• Jul 30, 2025, 6:52 PM
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O presidente francês Emmanuel Macron apelou à Comissão Europeia para reequilibrar as relações comerciais da UE com os EUA, em especial no setor dos serviços, poucos dias depois de ter sido alcançado um acordo entre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente dos EUA, Donald Trump.

"Para ser livre, é preciso ser temido. Não temos sido suficientemente temidos", disse Macron durante uma reunião do conselho de ministros francês, segundo a imprensa francesa, apelando a "esforços incansáveis para reequilibrar o comércio, particularmente no setor dos serviços".

"O presidente francês acrescentou que a Comissão Europeia ainda está a negociar isenções aos direitos aduaneiros de 15% aplicados pelos EUA às importações da UE, acordados em 27 de julho.

Desde o início da guerra aduaneira com os Estados Unidos, a França tem vindo a privilegiar uma abordagem dura, brandindo a ameaça do instrumento de anti-coerção - um instrumento da UE que permite negar às empresas estrangeiras o acesso a contratos públicos, licenças ou direitos de propriedade intelectual.

O instrumento permitiria à UE visar os serviços americanos, setor em que o bloco tem um défice comercial com os EUA, ao contrário do que acontece com as mercadorias.

Contra-medidas

A UE adotou igualmente um pacote de contramedidas no valor de 95 mil milhões de euros contra os produtos americanos, mas estas foram suspensas até 4 de agosto. A Comissão aguarda agora uma ordem executiva dos EUA que confirme a aplicação de uma tarifa geral de 15% às importações de produtos da UE a partir de 1 de agosto.

"É claro que as medidas existem", afirmou um funcionário da UE: "Foram aprovadas pelos Estados-membros. Por isso, se fosse necessário, poderíamos sempre voltar a aplicá-las na terça-feira [4 de agosto]. Mas não é esse o pressuposto a partir do qual iniciamos esta nova fase das relações transatlânticas".

O presidente francês reconheceu que as negociações com os Estados Unidos foram difíceis e congratulou-se com as isenções garantidas para o sector aeroespacial, considerado estratégico para Paris. A França espera também que a Comissão consiga negociar uma isenção para o vinho e as bebidas espirituosas, que representam o principal mercado de exportação da França para os EUA.

"Continuamos a negociar com os americanos para que, se possível, as bebidas espirituosas, talvez o vinho, e outros sectores possam ser isentos. É um trabalho em curso", disse o ministro francês da Economia, Éric Lombard, à rádio francesa, na quarta-feira.

Para além dos aviões, Von der Leyen anunciou, no domingo, que as tarifas zero por zero serão aplicadas a determinados produtos químicos, medicamentos genéricos, equipamento de fabrico de semicondutores, alguns produtos agrícolas (mas com a exclusão de todos os produtos sensíveis como a carne de vaca, o arroz, o etanol, o açúcar ou as aves de capoeira), alguns recursos naturais e matérias-primas críticas.