OPEP+ concorda em aumentar produção de petróleo em 547 mil barris por dia a partir de setembro

A OPEP+ concordou em aumentar a produção de petróleo em 547 mil barris por dia a partir de setembro, numa medida que poderá reduzir ainda mais os preços do gás este ano.

Oito países membros realizaram uma reunião virtual antes do anúncio, num contexto de pressões crescentes dos EUA sobre a Índia para que o país reduza as suas compras de petróleo russo.

Numa declaração após a reunião, os países membros referiram que “a eliminação progressiva dos ajustamentos voluntários adicionais da produção pode ser interrompida ou invertida em função da evolução das condições do mercado”.

O anúncio significa que o grupo inverteu totalmente os anteriores cortes na produção de petróleo e é o mais recente desenvolvimento numa série de aumentos de produção - o sexto aumento mensal consecutivo.

Os países citaram as fortes condições económicas e as baixas existências de petróleo como as principais razões para a decisão de aumentar a produção.

A OPEP+ inclui dez países não pertencentes à OPEP, como a Rússia e o Cazaquistão, bem como todos os membros da OPEP. O principal objetivo de ambas as organizações é gerir a oferta mundial de petróleo e estabilizar os preços.

A Arábia Saudita tem uma influência significativa na OPEP+, na qualidade de membro dominante do cartel de produtores da OPEP, e a Rússia é o principal membro não-OPEP da aliança de 22 países.

Oito membros da OPEP+ começaram a aumentar a produção em abril, com um aumento modesto de 138 mil barris por dia, seguido de aumentos maiores do que o planeado de 411 mil em maio, junho e julho, e de 548 mil em agosto.

No entanto, os preços do petróleo mantiveram-se elevados, com o Brent a fechar perto dos 70 dólares por barril na sexta-feira. O mínimo de 2025 registou-se em abril, com o barril a custar cerca de 58 dólares.