Em 2030, a Polónia terá mais tanques do que o Reino Unido, Alemanha, França e Itália

Com a assinatura de um acordo para a compra de mais 180 tanques K2 sul-coreanos, a Polónia deverá ter mais tanques até 2030 do que o Reino Unido, Alemanha, França e Itália juntos.
Este acordo, no valor de mais de 6 mil milhões de euros, representa a última fase da expansão militar do país, motivada pela guerra na Ucrânia e pela crise na fronteira com a Bielorrússia desde 2021.
A Polónia destina 4,7% do PIB à defesa, a percentagem mais elevada entre os países da NATO.
"Um grande negócio para a segurança da nossa pátria e para a nossa indústria de armamento. O acordo inicia o processo de restabelecimento da produção de tanques no nosso país", escreveu o vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa, Władysław Kosiniak-Kamysz, numa publicação na plataforma X.
A Polónia terá um total de 1100 tanques quando o acordo estiver concluído, o qual inclui 61 tanques a serem produzidos no país.
Alemanha, Itália, Reino Unido e França têm um total de 950 tanques. Apenas dois países membros da NATO - Grécia eTurquia - terão mais tanques do que a Polónia quando o acordo estiver concluído.
A Turquia tem atualmente 2238 tanques e a Grécia 1344.
A compra de tanques à Coreia do Sul pela Polónia teve início em 2022, tendo o então ministro da Defesa, Mariusz Błaszczak, descrito a situação como "vantajosa para ambos os países".
Anteriormente, a Polónia já tinha adquirido à Coreia do Sul lançadores de artilharia de foguetes K239 Chunmoo, aviões de combate ligeiros FA-50 e obuses autopropulsados K9.
Além disso, a Polónia adquiriu tanques Abrams, helicópteros Apache, lançadores de artilharia HIMARS e sistemas de defesa antimísseis Patriot aos EUA. No início deste ano, o secretario da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, considerou a Polónia um "aliado modelo da NATO".
Além dos 180 tanques, o novo acordo abrange 81 veículos de apoio, formação logística, um programa completo de manutenção e reparação, bem como uma cláusula de transferência de tecnologia.
A assinatura do acordo coincidiu com o 81.º aniversário da Revolta de Varsóvia, a que o ministro da Defesa se referiu durante a cerimónia. O governante agradeceu aos participantes na Revolta e aos que morreram durante a mesma.
"É em nome da sua memória e do seu heroísmo que assinamos hoje este contrato", disse Kosiniak-Kamysz.
"Obrigado por este contrato. Estou muito orgulhoso dele e feliz por, em conjunto, estarmos a construir uma Polónia forte, segura e próspera", concluiu.
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